10 de setembro de 2022

Semana surreal


Hoje é o último dia de uma semana surreal. No curso dela um presidente (sic!) da República desrespeitou a cerimônia oficial do Bicentenário da Independência do Brasil, protagonizou várias cenas toscas e inimagináveis durante e após uma festa de gala em Brasília, cometeu crimes contra a democracia (mais uma vez...) e até um palhaço fantasiado de Zé Carioca foi admitido no palanque ao lado do presidente de Portugal. E parcela da nossa sociedade ainda é capaz de aplaudir isso...  

Não era possível imaginar que no dia 07 de setembro, sobre um carro de som e diante do palanque oficial da cerimônia do aniversário da Independência do Brasil, o presidente eleito pelos brasileiros fosse se declarar "imbrochável", como se alguém tivesse interesse em saber da vida dele. Isso no terceiro casamento que tem e quando os dois primeiros terminaram porque suas mulheres o traíram com outros parceiros. Mesmo assim ele diz que os homens devem se casar com "princesas" e, no momento da declaração no carro de som a atual esposa, cognominada primeira dama, botou a mão no queixo (foto) com uma falta de charme e de compostura que beirou o inacreditável.

Aliás, tudo é inacreditável nesse governo. A começar pelo fato de que, por ódio ao PT, uma grande parcela dos brasileiros ainda acreditem que o traste de Brasília seria o candidato ideal para novo mandato eletivo. Esse assunto só não marcou toda a Semana da Pátria porque a atenção dos brasileiros e do mundo teve que ser desviada para a Escócia onde a rainha Elizbeth II morria. Não fosse por isso...

Mas não é tudo. Apenas o patético. O mais grave foi depois, durante uma discussão banal, quando um admirador do presidente matou com 15 golpes de faca um outro, defensor do adversário Lula. Todo mundo se assustou. Os demais candidatos à presidência reagiram denunciando o absurdo da situação e pedindo providências contra a escalada da violência nesse período eleitoral. E o presidente? Esse ficou em silêncio. Mudo. Distante, mas cúmplice porque é ele quem acirra ânimos todo dia, estimula a violência e arma milícias para "defendê-lo" acima das leis e da ordem estabelecida.

Realmente foi uma semana surreal. Esperamos, embora sem convicção, que não haja outras.   

Um comentário:

Anônimo disse...

Há de haver!!!