11 de janeiro de 2023

Sem mais negociação

Negocia-se com quem quer negociar. Com quem não quer tem que ser a ferro e a fogo.

Todo mundo deve ter visto as imagens dos terroristas bolsonaristas liberados para responderem a processos em liberdade por diversos motivos sendo levados para fora de onde estavam detidos depois dos atos de domingo. Isso aconteceu ontem. Vimos claramente pela TV vários deles, sobretudo homens idosos, com os braços e os rostos para fora das janelas, acenando ameaçadoramente. Uns faziam "muque", mostrando os músculos dos braços. Não, eles não poderiam ter sido liberados! E também não seria possível liberar mulheres que levaram criança para os acampamentos. Na minha opinião de não jurista, isso deveria servir para agravar ainda mais a situação delas porque, afinal, quem tem a coragem de levar um menor para servir de escudo é criminoso da pior espécie. Principalmente se for um filho.

Agora mesmo circula nas redes sociais um cartaz convocando pessoas para "Mega manifestação nacional" e, pasmem, "pela retomada do poder". Em seguida são listadas as cidades onde o ato está previsto para hoje às 18 horas, com os locais escolhidos em cada cidade. Isso é um desafio, um confronto e não pode acontecer num Estado Democrático e de Direito. Infelizmente até minha cidade de Vitória está relacionada e com o local do ato criminoso sendo na Praça do Papa. Coitado dele!

Dos Estados Unidos, onde o filho mais velho diz que ele "está lambendo a ferida" o meliante Jair Falso Massias Bolsonaro incita os seus seguidores, sobretudo os fanáticos ditos "de raiz". Finge que não tem nada a ver com isso, posta aberrações para retirar em seguida e estuda como voltar ao Brasil porque pode ser expulso dos Estados Unidos a qualquer momento e também há muita pressão para que a Itália não conceda cidadania nem a ele nem ao seu entorno, sobretudo a familícia.

Não há mais como negociar. Depois do que houve domingo em Brasília e com o horizonte que temos diante de nós, o Estado moderno, que detém o monopólio do uso da força, precisa se preparar para isso. Caso o golpismo cresça, caso o confronto seja sempre o previsto, as forças de segurança devem ser liberadas para utilizar armamento letal. E se for preciso, que  façam uso necessário dele.

É uma pena, mas não podemos permitir a destruição do Estado de Direito.  

    

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