4 de janeiro de 2024

Salve Júlio Lancelloti!


Um dia da semana passada fui almoçar num restaurante aqui do bairro de Jardim da Penha onde moro, em Vitória. A comida é boa e a gente é servido em mesas colocadas na calçada. Estava comendo quando um morador de rua me abordou dizendo que estava com fome. Pedi que um prato fosse servido a ele. Então mais dois dos inúmeros homens e mulheres que vivem nas nossas ruas vieram pedir também e tive que dizer que não poderia dar comida a todos. Um deles me xingou de "riquinho filho da puta". Continuei a comer normalmente, mas confesso que o alimeto teve gosto ruim daí em diante.

Por que a gente miserável e capaz de odiar os pobres do Brasil quer atacar o padre Júlio Lancelloti? Ele luta dia a noite, todos os dias, para minorar a dor daqueles que passam fome nas ruas de São Paulo. São iguais aos daqui, sem diferença alguma. Fazem isso para ganhar as eleições? Para aparecerem como heróis aos desqualificados da extrema direita? Eles nunca pensaram em abrir CPI para investigar os "bispos" e "pastores" das falsas denominações evangélicas interessados apenas em enriquecer, em não pagar impostos e em retirar dinheiro do Brasil escondido em aviões executivos para levar ao exterior. São oportunistas da pior espécie, criminosos como esse vereador de São Paulo que é capaz de gastar milhões de dinheiro público em festas e viver de atacar a honra alheia.

Sou ateu convicto. Mas também pessoa convicta da necessidade de defendermos gente como o padre Júlio Lancelloti. Sem ele a vida do povo das ruas seria ainda mais duro do que já é. Com o pouco que sei sobre religião, sobretudo com relação à católica, entendo que o homem nascido numa manjedoura há pouco mais de dois mil anos falava a língua desse padre e não a da gente odiosa e capaz de discorrer sobre Deus com armas na cintura e sentindo ódio daqueles que não comungam com seus pensamentos. Eles são aliados do falso messias que governou o Brasil até faz pouco tempo, pregando o ódio entre as pessoas e provocando a desunião de amigos, parentes, até pais e filhos.

Não há de ser o governador de São Paulo, preocupado em promover "excludente de ilicitude" nas polícias de seu Estado quem vai lutar pelo povo das ruas. Isso continuará entregue às pessoas que têm no amor a próximo sua profissão de vida. Aqueles que se sentem agredidos também com as muitas tentativas de destruição do Estado Democrático e de Direito do Brasil acontecidas recentemente e denunciadas como fez ontem o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Acreditem: nós vamos vencer todas as adversidades em nome de um princípio basilar: justiça social.

Salve Júlio Lancelloti!    

        

Um comentário:

Anônimo disse...

Posso afirmar por convicção que existe um Deus porque aqui ainda existe um Lancelloti, uma Dulce e outros mais que vão às ruas e protegem os desamparados que vivem no desamparo porque nossos representantes políticos só legislam em causa própria.