14 de novembro de 2024

Anistia, nunca!


Um número grande de pessoas já se reúne para classificar o atentado de ontem à noite na Praça dos Três Poderes, em Brasília (foto acima), como tendo sido apenas iniciativa de um louco que tentava obter 15 minutos de fama. Não foi! Esse Francisco Wanderley Luiz, ou "Tiü França" como era conhecido , é outro fruto do extremismo de direita que emergiu dos esgotos brasileiros a partir do momento em que Jair Bolsonaro venceu a eleição para a presidência da República em 2018, erguido a esse patamar pelo atentado sofrido em Juiz de Fora.

O tal "Tiü França" não era mais doido do que quem ficou meses acampado diante de quarteis militares depois de proclamado o resultado da eleição de 2022, do que quem rezou para pneus no meio da rua, do que quem pediu a ajuda de extraterrestres nos mesmos lugares, do que quem "marchava" em ritmo militar ao som de hinos, etc. Não! Definitivamente, não. Eles são o resultado de um movimento mundial que cresce com as mentiras nas redes sociais e tenta reviver com a extrema direita no poder os anos da primeira metade do século XX, os mais cruéis da nossa história.

Eles, os extremistas, estão em todos os lugares. Hoje mesmo, na Academia Espírito-santense de Letras (AEL) sou obrigado a conviver com essa gente. Um grupelho sem brilho, sem conhecimento intelectual, sem capacidade literária e colocada lá pelo extremismo de direita para que este ganhe maioria nas instituições culturais. E para quê? Vou repetir tantas vezes quantas forem necessárias: para depois disso formarem diretorias e torpedearem a cultura brasileira regional, censurando nossas diversas formas de manifestação intelectual. Então, para depois moldarem todo o conteúdo nacional como tentou Bolsonaro, será só um passo.

A manifestação do Supremo Tribunal Federal (STF) hoje foi exemplar: mostrou que as instituições não vão se render no Brasil em hipótese alguma. Vão continuar a lutar, a permitir que possamos crescer como nação e como povo. Porque povo significa somente pessoas que compartilham cultura ou etnia, enquanto nação é esse mesmo grupamento de indivíduos com identidade comum, senso de pertencimento coletivo. Os que pretendem destruir o Brasil por não concordarem com os outros não são meu povo nem minha nação.

Definitivamente, não pode haver anistia. Todo criminoso que tenta destruir  nosso país precisa apodrecer na prisão. Traidor da Constituição é traidor da pátria, como disse Ulisses Guimarães na promulgação da Carta de 1988!             

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