26 de julho de 2025

O objetivo é a rapina!


Quem tem boa memória ou guarda arquivos vai se recordar de ter visto o ex-presidente Jair Bolsonaro, hoje em vias de ser condenado pela Justiça do Brasil, fazer propaganda de um mineral de grande importância para a indústria atual: o nióbio. Nessa foto acima o sujeitinho aparece com um pedaço da matéria nas mãos. Na época eu me perguntava porque uma pessoa tão intelectualmente pobre teria fixação por isso. Mas não era ele quem tinha; eram os Estados Unidos que já naqueles tempos cobiçavam as nossas chamadas "terras raras". Isso agora está definitivamente escancarado sob a presidência de Donald Trump.

Em 1964 minérios foram motivo para os norte-americanos darem toda a cobertura possível e imaginável ao golpe de Estado de 1° de abril. Na época até mesmo a Marinha daquele país enviou um porta aviões e outros navios de guerra para a costa brasileira em apoio aos golpistas de então. Era a "Operação Brother Sam". Uma empresa ianque, a Hanna Corporation, tinha interesses de exploração mineral no Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais e o governo de João Goulart se tornou obstáculo. Tinha então de ser removido. Em época de guerra fria isso era relativamente fácil de fazer. Foi feito.

São 17 os elementos tão importantes para a indústria atual, o que inclui, dentre outros segmentos, as áreas de comunicação e militar: lantânio, cério, praseodímio, neodímio, promécio, samário, európio, gadolínio, térbio, disprósio, hólmio, érbio, túlio, lutério, escâmbio e ítrio. Toda essa reunião de proparoxítonos o brasileiro comum, como somos nós, praticamente desconhece existência. O nióbio da paixões do genocida inelegivel fica sobretudo em Minas Gerais, nos ricos lados de Araxá, e está presente em todos os celulares que a gente utiliza. Mais um vez lá por aquelas bandas mineiras...

O Brasil ainda não explora toda essa riqueza como deveria, nem possui tecnologia de ponta para tal. Então a cobiça existe. Nos tempos do ex-presidente de tornozeleira tudo estava pronto para que as jazidas fossem cedidas na bacia das almas a corporações dos Estados Unidos. Deu errado. E nem adiantou os inocentes (todos?) úteis acamparem diante de quartéis e outros lugares. Mas a ida de Lula para o poder, em vez de arrefecer esse desejo, tornou-o ainda mais explícito a ponto de o atual dono da Casa Branca ter abandonado todo o pudor para investir com força contra nós. É do interesse do país dele que a América seja quintal ianque e, depois do Brasil, haverá ataques contra Colômbia e México. Aguardem!

Jair Bolsonaro, o atual títere deles, é quem será usado num futuro próximo se o projeto der certo e para que a rapina de riquezas brasileiras se dê. Como agora a guerra fria não é mais explícita, a China surge como o inimigo ideal, mesmo sendo ela a responsável pela maior parte das exportações de comódites brasileiras. E se for necessária a destruição da democracia do Brasil, dane-se. Mesmo se o STF for descaracterizado na maneira como se apresenta hoje, no Judiciário mesmo surgirão aqueles que o "reformarão". Como nos EUA...

Todo esse esquema, que contava com representantes acampados diante do prédio do Supremo Tribunal Federal, em Brasília e até serem expulsos por ordem desse mesmo STF de madrugada, tem possibilidade de sucesso porque o golpismo é retroalimentado em nosso país, há um "perseguido político" que cai como uma luva nas pretenções norte-americanas para interventor e o Brasil não luta por seus reais interesses como deveria. Títeres sobrevivem em todos os setores, o que inclui também a cultura. Mas podemos sobreviver a isso se conseguirmos nos reunir em torno de objetivos nacionais.

E o Estado Brasileiro não pode e não deve ceder!

(texto atualizado às 08h25m

    

Um comentário:

MARCOS TAVARES disse...

Já até estou aprendendo mandarim, para os EUA não mandarem em mim. Oh, no ! (Marcos Tavares, proctologista dos bão)