18 de junho de 2008

Ao vencedor, as batatas


O "apocalipse" se aproxima. Tive exata noção disso ao acompanhar, dia após dia, o noticiário de nossas TVs acerca da alta do preço dos alimentos. Eles sobem, sobem, sobem a não mais parar. Mas tudo pára de subir um dia. Até porque a alta dos preços mata primeiros aqueles que não têm nada. E os outros, os que têm, ou fazem um acordo ou fazem a guerra.

Lembrem-se do grande Joaquim Maria Machado de Assis: "Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas".

É claro que a solução para a alta dos alimentos não se encontra nas proximidades dos discursos de Lula. Nem na "vontade política" de Bush. Tem relação com o petróleo, claro; com a fome na Índia e na China, lógico; com a queda da produção, óbvio; mas nascerá um dia. Preferencialmente de um acordo voltado primeiro aos que nada têm. Os demais são parte do todo.

Caso contrário, ao vencedor, as batatas...

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