14 de outubro de 2009

Falso sequestro; maldade extrema



Há cerca de um ano venho denunciando o que se faz com os telefones no Brasil. Primeiro, relacionando - e sendo muito ajudado nesse mister por leitores do Blog - os telefones que tocam em todos os lugares e ficam absolutamente silenciosos quando atendidos. Ou então os números que alguém diz serem de empresas, inclusive de telemarketing.
Basta dar uma percorrida nos textos "Cuidado com telefonemas falsos", "Vamos denunciar telefonemas falsos" e "Telefonema falso e falso sequestro", que estão no Blog. Neles, eu e os leitores, eles com seus posts, contamos a história triste de um país que não protege seus cidadãos contra esse tipo de prática criminosa. Muito pelo contrário, nada faz.
Hoje, às 11h50m, recebi um angustiado telefonema. Era minha mãe do outro lado da linha, chorando. Uma criminosa havia telefonado para ela. Da latrina onde estava, gritava: "Mãe, fui assaltada. Fui sequestrada, mãe". Minha mãe perguntou por duas vezes o nome da "filha", sem resposta. Desligou o telefone quando um homem pegou a ligação e começou a falar com ela. Desesperada, ligou para as duas filhas que tem e só ficou um pouco menos tensa depois disso.
Ela tem 88 anos de idade. Nos últimos três anos perdeu, pela ordem, uma filha, o marido e um filho. Não merecia passar por esse tipo de coisa logo no final da vida.
E quem paga por isso? De que forma o cidadão se protege desse tipo de coisa? Já passei por essa experiência. Basta ao leitor ler "Reféns do terror", também nesse Blog, e terá a minha história contada. Quando se contata a Polícia para pedir providências, os policiais dizem que as ligações vêm de presídios do Rio de Janeiro, São Paulo ou outros locais e eles não podem fazer nada.
Que presídios são esses? Em que lugares um presidiário e uma presidiária ficam juntos na mesma cela, com celular à mão, para telefonar e horrorizar as pessoas? Por que um país como o nosso, que divulga todos os dias como vai buscar petróleo a mais de sete mil metros abaixo do nível do mar, não consegue enfrentar e resolver problema teoricamente mais simples?
As autoridades de minha cidade, Vitória (ES), não enfrentam o já endêmico problema dos flanelinhas que proliferam espalhados por todas as ruas porque consideram isso um "problema social". Não é. É banditismo mesmo. Associação com o crime e extorsão do cidadão. É roubo, tráfico de drogas, prostituição, violência pura.
Mas ninguém quer perder votos às véspera do importante ano de 2010. Principalmente aqueles a quem interessa maquiar a real situação do país.
O Brasil é um caos total!

Um comentário:

Blogando Francês disse...

Um situação extremamente preocupante.
Minha mae tem 72 e sempre converso com ela sobre isso.
É de uma crueldade sem tamanho.
Espero que esteja bem.
Abraços