O STF começa o julgamento do maior dos escândalos com 38 réus em vez de 39 |
Temos um Poder Executivo corruptor e um Legislativo sempre às ordens para ser corrompido. Junto a eles, um Judiciário que, em inúmeras ocasiões, já foi pego com a mão na massa, com alguns de seus membros vendendo sentenças e cometendo outros tipos de crimes inconcebíveis para um setor da sociedade que detém o poder de decidir sobre a liberdade e o patrimônio do cidadão comum.
Apesar de em muitos documentos e declarações de acusados e testemunhas o nome do ex-presidente Lula ser citado como alguém que desde o início conhecia o esquema de compra de apoios parlamentares com dinheiro público e privado e o incentivou, ele não faz parte da lista de réus. São 38 os que estão sendo julgados. Deveriam ser 39. Afinal de contas, de um presidente da República espera-se um mínimo de decência. Sabedor de que o Poder Legislativo estava sendo comprado para que as propostas do governo fossem todas aprovadas ele, caso tivesse princípios, impediria isso. Diria que o País tem que ser governado com honestidade e que um partido político nascido na luta contra a ditadura militar, teve, tem e terá o dever de não delinquir em hipótese alguma.
Falta o grande chefe, ou o omisso, nesse julgamento |
O julgamento do Mensalão, o maior escândalo político de corrupção ativa, corrupção passiva, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas e peculato, todos crimes explicitados pelo Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, talvez não leve ninguém à cadeia. Talvez. Mas certamente passará o Brasil a limpo. Mostrará aos brasileiros que esse "complô das elites" contra o "governo popular" do primeiro operário que chegou à presidência só existe na cabeça daqueles que querem apagar a luz do sol. As provas são incontáveis.
E o que se está fazendo é tentar tapar do sol com a peneira.
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