20 de dezembro de 2012

O dia de amanhã...

Uma anedota diz que certo ditador chamou seus assessores e determinou a eles que construíssem estradas de péssima qualidade e com comissão de 50 por cento; casas da mesma forma com comissão idêntica; escolas com salas de aulas exíguas e comissão de 60 por cento; hospitais de quarto mundo, sem recurso algum e comissão de 70 por cento. Finalmente, um presídio de alto padrão e com todo o conforto possível, com base nos da Noruega (veja na foto uma cela do presídio que o inspirou) e comissão zero. Um dos assessores, tremendo de medo, perguntou o motivo desse, digamos, disparate.
- A gente nunca sabe do dia de amanhã - respondeu o ditador.
Os mensaleiros cujas prisões foram pedidas pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ou não conhecem essa piada ou imaginavam que a impunidade teria vida eterna no Brasil. É muito provável, hoje, que tenham se enganado. Caso contrário, os meios de Comunicação teriam noticiado largamente o "Minha Prisão, Minha Vida", do Governo Federal. Foram oito anos de Governo Lula e mais dois de Dilma, uma década no total, para a obra ser feita. Não a fizeram, coitados! Em vez disso, preferiram subornar, sabotar adversários e permitir uma festança de roubos como a que aconteceu nas ferrovias federais, para ficarmos em apenas um exemplo.
Roberto Gurgel pediu a prisão imediata dos condenados no processo do Mensalão. O procurador-geral da República é um patriota. Como há outros revelados por esse processo. E desse tipo de gente o Brasil necessita. Por esse tipo de gente os brasileiros clamam há muito tempo.
O ex-presidente Lula prefere chamar de "vagabundos" os que o atacam. Mas não são, afora poucos. Os vagabundos estão, na maior parte dos casos, ao lado dele. Um parlamentar, por exemplo, disse recentemente: "Mexeu com o presidente Lula, mexeu comigo!" E todos nós sabemos o motivo. Todos nós sabemos que tipo de favores esses homens recebem. De que tipo de omissões se beneficiam. E quem vive perto de tantos vagabundos...
Todos devem cumprir suas penas, sim. Todos são criminosos condenados pela mais alta corte de Justiça do Brasil. E se alguém reclama, para beneficiar os condenados em regime semi-aberto, que não há vagas disponíveis para tal penalidade em nossas instituições prisionais, basta responder a esse argumento com uma única pergunta: que ladrão de galinhas desse Pais tem essa opção?    

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