9 de fevereiro de 2013

O mundo de Mônica Veloso

Desinibida, Mônica Veloso curte os louros da fama. E engorda conta bancária
Há uma regra que quase todo mundo segue para determinar se um fato é notícia ou não. Trata-se do seguinte: se você é um homem público (alguns também são notórios) e tem uma amante, isso não é notícia. Mas se você é um homem público, tem uma amante e isso gera um escândalo ou desvia dinheiro de impostos de alguma forma, direta ou indireta, isso é notícia. E daquelas que fazem com que, no Brasil, o termo "homem público" seja muitas vezes confundido ou comparado com "mulher pública".
O presidente do Senado, Renan Calheiros, ou não conhecia ou fez vista grossa a essa norma informal quando transou com o jornalista Mônica Veloso, engravidou-a, deixou que sua esposa descobrisse (veio aí o escândalo) e depois pagou a pensão de alimentos da filha que tiveram com dinheiro de uma empreiteira. Essa, ganhou como prêmio a "concorrência" de obra pública mais descarada dos últimos tempos (veio aí o uso indireto de dinheiro de nossos impostos para assuntos pessoais. O outro escândalo).
Renan , o senador que se apaixonou (?) por essa desinibida jornalista aí da foto, que também aproveitou para ganhar dinheiro da revista Playboy, precisou renunciar à presidência do Senado mas voltou agora. Além de a memória dos brasileiros ser curta, à classe política pouco interessa esse negócio de ética. Essa separação entre assunto público e privado. Tudo é deles. Afinal, não adianta abaixo assinado, protesto em praça de Brasília, nada. Eles não ligam. E a presidente(a) também não.
Uma jornalista séria um dia desses definiu na Globo News como são os políticos: insaciáveis. E não sei, sinceramente, se mulher é mais atraente para eles do que desvio de dinheiro. Ou os dois empatam  ou eles preferem o segundo item, pois com ele é possível comprar o primeiro. Isso serve sobretudo e principalmente ao PMDB, que do MDB da resistência à ditadura entre 1964 e 1985, tornou-se uma prostituta do poder, atualmente capaz de abrigar qualquer figura em sua sigla e ter um cacique em cada Estado.
Mônica Veloso não é santa, está longe disso, mas apenas fez o jogo do poder. Para alguns, participar do Parlamento do Brasil hoje em dia significa desviar dinheiro dos impostos do cidadão para suas contas bancárias, de empresas ou para as de laranjas. Para outras, cair numa boa cantada e abrir as pernas escondido de todo mundo tem o mesmo efeito. Quando ninguém descobre.
E esse é o Brasil que nenhum de nós merece. Nenhum de nós com vergonha na cara. Mas, infelizmente, é o mundo de Mônica Veloso, Renan Calheiros e mais uma carrada de outros desqualificados, tanto de Brasília quanto de qualquer Estado.            

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