19 de junho de 2013

No, I'm not going to the world cup!

Vassouras verde e amarelas numa Brasília que não vê o novo Brasil
O título dessa coluna é o de um filmete postado por uma brasileira moradora de Nova Iorque no You Tube, de nome Carla Dauden (neste link (clique aqui). Não, ela não vem ao Brasil para ver a Copa do Mundo.  Tem vergonha na cara!
E esse, meus amigos, é um dos muitos motivos dos protestos que pipocam hoje pelo País afora, de Norte a Sul, do Oiapoque ao Chuí. Além dele há o preço das passagens urbanas, a corrupção desenfreada, a criação de ministérios com o único intuito de comprar apoios políticos e a anacrônica atividade parlamentar no Brasil onde tudo, rigorosamente tudo, é trocado por cargos pagos com dinheiro público. E como financiar essa prostituição descarada: com impostos. A cada dia mais impostos, maiores impostos, mais injustos impostos, mais desavergonhados impostos, mais punitivos impostos, sobretudo para os pobres porque o percentual dos pseudo protegidos de Lula sempre representa mais na conta do fim do mês.
Todo mundo sabe que as obras da Copa do Mundo são superfaturadas. Que o PAC também o é, além de as construções populares terem qualidade tão ruim a ponto de não resistirem a um vendaval. Todo mundo sabe que na divisão de cargos dos governos federal e estadual, principalmente, grande parte do butim dos partidos fica nas mãos de gente sem o menor escrúpulo. E que rouba mesmo. Tanto que o ex-senador Severino Cavalcanti, pedindo uma diretoria da Petrobras, certa feita pleiteou "aquela que fura poço!".
Para que serve a nossa classe política? Ela deveria ser a guardiã do Norte do País. Deveria fazer e reformar leis e fiscalizar o Executivo para garantir o bom uso do dinheiro público. O que faz? O inverso. Vende-se por postos de primeiro, segundo e terceiro escalões e consegue até mesmo paralisar votações de claro interesse nacional para que seus privilégios sejam não apenas mantidos, mas ampliados.
O trabalho parlamentar tem sentido quando tanto o Executivo tem independência a quanto o inverso. Tem sentido quando o Judiciário também tem independência a ele e o inverso igualmente ocorre. Nada impede que um deputado ou senador indique profissional habilitado para função pública necessária. A política de indicações como condição para atuar é o que prostitui a atividade. O acordo político existe em todos os lugares. Em todas as democracias. Mas precisa ter limites éticos claros. 
Essa meninada que vai às ruas hoje - exceto aqueles que agridem, depredam, roubam ou cometem outros crimes - são a garotada de sempre. Assim como no passado, eles têm um Norte. Todos devemos dar o nosso apoio a eles. Ontem o inimigo era ditadura militar, que morreu de inanição. Depois foi Collor, que renunciou para não ser cassado. Agora é o Governo Dilma. Não por ser esse e pela presidente ser ela, mas por representar tudo o que de podre o brasileiro quer ver pelas costas.
     

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