21 de outubro de 2015

O (des)governo que nos (des)governa

Dilma fala ao microfone ao lado de uma desconcertada autoridade finlandesa
Não há corrupção no governo de Dilma Rousseff (sic!). Há (ou houve, pois tenho dúvidas sobre o tempo do verbo) na Petrobras. Foi isso o que Dilma disse no momento dessa foto, na Finlândia, creio eu que para pasmo dos finlandeses e, antes, dos suecos. A nossa presidente ainda imagina que a Europa é muito distante e que as notícias correm o mundo como nos tempos das caravelas.
Ela, a nossa presidente, era quem chefiava o Conselho de Administração da Petrobras quando a maioria dos desmandos foram cometidos nos anos anteriores. No ano passado ela era a presidente querendo se reeleger e autorizando todas as pedaladas fiscais que nos mandaram a nocaute econômico. A expectativa, hoje, é de que fechamos 2015 com mais de R$ 70 bilhões no vermelho. Para quem não acreditava na possibilidade de governos irresponsáveis quebrarem o Brasil, eis aí nosso retrato ao vivo e a cores depois de 12 anos de gestões criminosas. A todos vocês que sempre aplaudiram esses governos, meus sinceros parabéns. Aos que vão continuar fazendo isso, só uma pergunta: podemos mandar às suas contas bancárias a cobrança por nossos prejuízos?
O governo Dilma não tem mais representatividade. Não tem mais autoridade moral. Sustenta-se no poder, pasmemos nós os ainda capazes de se indignar com isso, graças ao fato de que um presidente de Câmara Federal imagina um meio de se livrar de acusações sólidas de corrupção negociando trapaças. E também porque naquele antro, melhor dizendo, naquele Poder, grande quantidade de comensais de mandato toma café da manhã, almoça e janta no Palácio do Planalto negociando vantagens em troca da destruição do que ainda nos resta. Inclusive de esperança.
Pobre Brasil.
Dia desses postei foto de uma senhora portando um pênis de borracha provavelmente adquirido com dinheiro do Bolsa Família. O cartão estava ao lado, na mão dela. Pode ser montagem, sim, mas é mais certo que a foto tenha sido tirada de verdade. E o dinheiro usado é nosso. Sim, o Bolsa Família poderia ser um exemplo de programa de transferência de renda e socorro aos mais necessitados, mas ele hoje sobrevive à custa de demagogia, sustenta no poder um governo que não tem projeto para o País e quer se perpetuar mesmo destruindo o Brasil à custa de currais eleitorais.
O Bolsa Família não é fiscalizado, suas contrapartidas inexistem e seu inchaço ocorre apenas com o critério de se conseguir mais votos para sustentar no poder o esquema montado e que tomou conta de toda a mastodôntica máquina pública que ninguém mais consegue sustentar.
A presidente Dilma Rousseff ainda tenta - e sabe onde se sustenta - se manter no poder, mas seu discurso é vazio. Como vazias são suas ideias, como esvaziada está sua capacidade de dar ordens. Grande é apenas a lista das besteiras, muitas delas inacreditáveis, que saíram de sua boca nos últimos tempos. Ninguém aguenta mais o (des)governo que nos (des)governa.        

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