2 de fevereiro de 2016

Os microcéfalos

Os microcéfalos de Brasília encontraram mais quatro modos de onerar a vida já insuportável do povo brasileiro: sobem os impostos sobre sorvete, chocolate, ração e fumo. De tudo isso seria justificável o último. Afinal, fumar faz mal à saúde. No mais, estamos diante de mais um assalto ao bolso do cidadão que não roubou dinheiro público, não deu pedaladas fiscais e não inflou a máquina pública em acordos espúrios para nos deixar onde estamos hoje.
O gigantesco Estado não serve ao País. Serve a interesses pequenos, corporativos, desonestos, não apenas de dar espaço a filiados, apaniguados, mas também à manutenção a qualquer custo do mandato da presidente Dilma Rousseff. Ela será capaz de tudo. Rigorosamente tudo, como já fez em 2014 para vencer as eleições destruindo a economia e maquiando contas públicas, para se manter no poder. Mesmo sem contar hoje com o mais importante: poder.
Sabe-se, e até os pisos do Palácio do Planalto gritam isso, que é preciso cortas cargos comissionados ao osso. É necessário reduzir a 16 ou 18 os ministérios. E é vital, além disso, eliminar privilégios os mais diversos que insistem em se eternizar pelo Brasil afora, nos três Poderes e em áreas sensíveis como as grandes empresas públicas, até mesmo a quase falida Petrobras.
O que a microcefalia governamental nos oferece: mais linhas de crédito com garantia no FGTS. Ou seja, mais endividamento para o cidadão que não tem como gastar pois não vai ganhar para pagar. Estamos nos aproximando dos 10 milhões de desempregados, o cidadão comum brasileiro desce escada abaixo da classe média A para a B, da B para a C, da C para a D, da D para a E e assim por diante. O cume da montanha vira uma agulha enquanto a base da pirâmide social se alarga. As cidades estão lotadas de mendigos, o crime cresce, as filas por postos de trabalho não têm mais fim e o governo continua se intitulando "de esquerda" e representante "dos pobres".
Ao mesmo tempo, Lula grita que o sítio de Atibaia não é dele e que ele nada tem a ver com o apartamento de três andares no Guarujá. E que não existe no Brasil - quiçá no mundo - alma viva mais honesta do que ele.  Pior de tudo: tem gente que acredita e divulga como se fosse verdade absoluta, uma espécie de mantra, a nota do Instituto Lula denunciando uma "farsa" contra o chefe.
Dilma não tem o que a sacie: ela quer a CPMF de qualquer forma. Mesmo sabendo que a redução do tamanho do Estado representaria duas, três CPMFs, ela insiste. É preciso manter privilégios. É vital que os cargos dos membros do Congressos continuem intocados. Afinal, serão eles quem julgará o processo de impeachment e ela se diz ilibada. A alma viva mais ilibada do País.
Estamos num beco sem saída. Mosquito é pinto. Os microcéfalos de Brasília valem pela dengue, pela chikungunia, pela zika e pelo que mais possa vir a aparecer em termos de praga.
Brasília é nossa principal praga hoje.    

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