29 de janeiro de 2016

A chacota da CPMF

Reunir empresários e, dentre outras coisas, pedir a volta da CPMF, é uma grande chacota. Tipo fala de "vento estocado" e sobre ovos de mosquito. Ainda mais em tempos como esse, quando o Brasil está à deriva deriva e todos tememos o que virá nos meses futuros no campo da economia e da política.
Falar de CPMF e de liberação indiscriminada de empréstimos tendo como garantia bancária o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço é querer aplicar à população o mesmo receituário que esse governo usa desde 2003 quando o presidente era outro: acreditar que o gasto faz com que os setores econômicos comercial e industrial se recuperem. Claro, agindo assim o governo não precisa conter gastos, isso sim a raiz de todos os nossos problemas dos dias atuais. Mas já temos 1,5 milhão de desempregados e o número só cresce. Os que se socorrerem em empréstimos bancários consignados nos próximos meses ainda terão FGTS menor quando ficarem desempregados.
O mastodôntico Estado continua quase intocado. Com mais de três dezenas de ministérios e cerca de 150 mil cargos comissionados onde se acotovelam os apaniguados do governo. A presidente sabe que o controle de gastos começa com a redução do tamanho do setor público, mas nem toca no assunto. Manter essas milhares de pessoas gastando dinheiro do contribuinte é vital. De como todos os privilégios da casta de cargos do setor público. Caso contrário ela perde o que ainda lhe resta de apoio, sobretudo no Poder Legislativo. Então a solução é fazer crescer a arrecadação criando ou aumento impostos e impondo à população uma sequência interminável de castigos.
Todos os economistas ouvidos desde ontem por jornais, rádios, TVs e outros - afora, claro, os do governo - são unânimes em dizer que o que foi anunciado diante dos empresários aumenta em vez de diminuir nossas aflições. Mas de nada adianta. Os compromissos espúrios do governo só terão fim com o fim dele mesmo. De outra forma, não. Dilma tentará sobreviver acreditando estar certa enquanto todos os brasileiros que a criticam marcham com o passo trocado.
É uma infelicidade viver num País assim. Mas esse é o nosso País, o lugar onde nascemos, onde crescemos, estudamos e pagamos os nossos impostos que foram impiedosamente roubados nos últimos 13 anos. Temos o direito de permanecer aqui. E exigir a troca de comando.
Dos males o menor.

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