18 de fevereiro de 2020

Não é hora de protesto, é hora de processo!

Nos últimos tempos o presidente Jair Bolsonaro tem ultrapassado todos os limites da decência no trato com os jornalistas aos quais ele "dá entrevistas" nas saídas matutinas diárias do Palácio da Alvorada. Junto com convidados para cumprimentá-lo quando sai do carro na ida para o Palácio do Planalto, elege um assunto para falar aos repórteres que se postam lá. No mais das vezes responde a questionamentos com grosserias típicas de desqualificados. Hoje pela manhã disse que uma repórter da Folha de S. Paulo queria dar "o furo" sobre ele.
E tudo o que se lê ou ouve ou vê em seguida são notas de protesto. Chega, está na hora de esse tipo de desrespeito ser revidado com processos judiciais nas instâncias adequadas.
Acredito que Bolsonaro nunca entenderá quais são os limites de seu cargo. Como funciona a presidência da República e que liturgia deve ser seguida por aqueles que ocupam o mais alto posto do Executivo. O linguajar chulo que ele usa já foi assimilado por muitos de seus ministros. Isso fatalmente teria que acontecer, pois o do atual presidente é o pior ministério jamais escolhido na história do Brasil republicano. A indigência intelectual e moral daquele grupo de despreparados chega a assustar. Ao bando inicial agora se somou o ministro da Economia, Paulo Guedes. Depois de dizer que a esposa do presidente da França "é feia mesmo", pirou. Sua última insensatez, logo depois de chamar os funcionários públicos de "parasitas" foi dizer que com o dólar baixo as empregadas domésticas vão continuar viajando para a Disneylândia.
Nem mesmo o ministro da Educação, Weintraub, consegue chegar ao nível de esgoto do presidente. Afinal, este é só ignorante. Já o chefe, não. Ele é totalmente despido de pundonor. Suas reações públicas a críticas ou então ao que apenas o desagrada chegam às raias do absurdo. Ou são "bananas" como a da foto, ou então acusações torpes de homossexualismo - o que é uma questão pessoal - dirigidas a um repórter ou então a cruel grosseria desta manhã na saída do Alvorada.
Bolsonaro é capaz de elogiar ditadores sanguinários nos países destes, de agredir o pai de uma ex-chefe de Estado e de ter como heróis um torturador do regime militar ou então um chefe de milícias amigo seu, morto em queima de arquivo no interior da Bahia.
Chega!
Não é possível aceitar mais uma situação dessa. As entidades que representam os jornalistas e os meios de comunicação do Brasil têm a obrigação de lutar para dar um basta a isso pelos meios legais. Caso contrário vão merecer a alcunha de bananas. E as "bananas" que o desqualificado envia a nós todos.

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