27 de julho de 2020

Dias sem sentido

Nesse artigo há uma imagem logo abaixo. Trata-se de foto do presidente da República, nos jardins do Palácio da Alvorada, mostrando uma embalagem de cloroquina (ou hidroxicloroquina) a uma ema. Pelo mundo afora muitas charges foram feitas em decorrência desse insólito fato. O que se pergunta é o seguinte: o cidadão da foto, um presidente, é insano (louco), inconsequente, irresponsável ou palhaço?
Sim, porque o que a imagem da foto mostra é inacreditável, inaceitável, injustificável. Ultrapassa qualquer limite do razoável. Fica além da loucura de esse presidente, em plena pandemia da Covid-19, a maior de todos os tempos já verificada no Brasil, fazer do Ministério da Saúde, que é vital num caso assim, um circo grotesco de horrores comandado por militares sem formação específica em área médica, todos subordinados a seus devaneios sem sentido.
Ele, Jair Bolsonaro, não tem senso de limite. Contra todas as opiniões sérias de quem se dedica à ciência, continua propalando as drogas de sua fixação doentia, como se elas fossem a salvação da humanidade. Por que será? O que há por trás disso se até mesmo o presidente dos Estados Unidos, o doidivanas do qual o brasileiro é fã, já abandonou o ringue? O que o chefe do Executivo brasileiro, caso não seja insano, tem em mente prosseguindo nessa cruzada maluca? E seu ministro Pazuello, um general da ativa que nem exercer esse cargo poderia, o que guarda também em sua cabeça?
O Brasil vive dias sem sentido. Enquanto viramos piada no mundo todo, enquanto o nosso País vai se tornando pária internacional, aumenta a pandemia da Covid-19, o número de mortos e, ao mesmo tempo, médicos e outros profissionais de saúde recebem até ameaças de morte dos seguidores da tal "ala ideológica" que apoia Brasília. Duas denúncias já foram apresentadas à Corte Internacional de Haia contra o presidente por crimes contra a humanidade. Pode ser que venham mais acusações internacionais. E aqui no Brasil ainda há profissionais de área de saúde que fazem vista grossa a tudo isso e mantêm seu apoio a essa loucura toda. Um dia poderão responder por seus atos.
Isso não é uma gripezinha. Não é um resfriadinho. Isso é muito sério, gente. E assusta demais ver que o Brasil, com toda a sua importância internacional, enfrenta esse grave momento refém de uma política irracional e que pode aumentar ainda mais nossa tragédia de mortes evitáveis.
Ainda há tempo para virarmos o jogo.           

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