27 de julho de 2021

Fingindo ser o que não se é


Não se pode passar o tempo todo tentando ser o que não se é. Ou tudo será desmascarado mais cedo ou mais tarde ou então, no auge da rejeição, a gente terá de confessar ser o que realmente é. O Jair Bolsonaro de hoje se cansou de se fingir de democrata, amante dessa democracia, defensor da Constituição e de toda a população brasileira, sem exceções. Ele agora se confessou nazista e ponto final!

Beatrix von Storch é deputada e vice-líder do AfD, partido de extrema direita alemão. Neta de um ministro de Adolf Hitler ela puxou ao vovô e não tem vergonha disso. Navega pela política alemã meio que escondida à sombra de mentiras que conta para sobreviver e é investigada pelos órgãos de segurança do seu e de outros países. Mentir é a forma de viver dos nazifascistas. Pária na própria pátria que a gerou, não se furta em viajar para se encontrar mundo afora com párias como ela. E assim veio parar no Brasil onde se encontrou com Jair Bolsonaro (foto) no Palácio do Planalto. Também esteve com a deputada Bia Kicis e um dos filhos do presidente, Eduardo. A fina flor do reacionarismo político, da falta de ética, defensores de extremistas de direita e inimigos da democracia.

Nos encontros de Brasília consta que Beatrix ficou impressionada sobretudo com Bolsonaro e suas risadas pobres, de sociopata de terceiro mundo. Sátrapas ambos, devem ter gostado muito um do outro. Kicis também se identificou com a deputada alemã e Eduardo, da mesma forma. Estava todo mundo em casa no Planalto, a sede de governo construída graças e um projeto de Oscar Niemayer que, coitado, jamais deve ter sonhado com tanto esterco de gado nas salas do edifício sede do poder federal do Brasil.

E se os organismos de representação judaica instalados aqui se assustaram com tamanha desenvoltura, não posso acreditar que sejam tão inocentes assim. Sempre souberam, é claro, quem é o presidente eleito pelos brasileiros. Fingiram acreditar em suas lorotas porque isso é (ou era?) conveniente. Da mesma forma como o "Bozo da República" faz de conta não saber que existe muito extremismo de direita em Israel e que essa ideologia comanda o genocídio diário contra o povo palestino.

Mas esse jogo de interesses inconfessáveis sempre tem um preço alto, muito elevado. Até mesmo no Brasil onde uma grande parcela da população, ignorante, analfabeta funcional, nada entende de política internacional, até essa está acordando. O resto do mundo já fez isso há muito tempo e uma esclarecida fatia do povo israelense sabe com quem está tratando quando se pensa em termos de governo brasileiro. Como dito no início, não se pode passar o tempo todo fingindo ser o que não se é.

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