8 de dezembro de 2021

Quantas desgraças ele ainda vai fazer?


"Essa coleira que querem colocar no povo brasileiro. Cadê a nossa liberdade? Prefiro morrer do que perder a minha liberdade. Tem que ter coragem para falar. Parece que sou o único chefe de Estado no mundo que teve posição diferente. Dizem que toda a unanimidade não é bem-vinda. E o que eu fiz? Estudei, corri atrás..."

O autor dos pensamentos acima é a mesma pessoa que, não muitos anos passados, em uma entrevista dada a um apresentador de TV, ainda deputado federal, disse mais ou menos textualmente: "Eu sou  favor da ditadura, xará! Sou a favor da tortura. Se eu fosse, presidente? Fechava o Congresso na mesma hora. Fechava o Supremo Tribunal Federal" (as imagens existem e qualquer um pode ver).

Pois o autor das frases de ontem diante de uma plateia de puxa-sacos é o mesmo que deu as declarações à TV faz alguns anos. Chama-se Jair Messias Bolsonaro, indivíduo brindado pelo povo brasileiro com o cargo de presidente da República porque o ódio ao PT, sobretudo aos desmandos cometidos durante os governos de Lula e Dilma desaguou na escolha de um psicopata para assumir a presidência.

Eis o resultado!

Bolsonaro sente uma necessidade doentia de ter ou fazer inimigos. Como ao longo da vida ninguém o ensinou a construir pontes, ele só sabe destruí-las. A única que fez não em sentido figurado foi uma pinguela na região amazônica, de madeira, ligando nada a lugar nenhum e cuja cerimônia de inauguração custou aos cofres públicos muito mais dinheiro que a "obra" em si. Dizer que estudou é um absurdo tão grande que seria risível caso não fosse triste.   

Ele também sente necessidade de mentir patologicamente. De deturpar fatos. Um dos últimos destes é dizer que estão tentando fechar o espaço aéreo brasileiro com o passaporte de vacina que teima em não permitir seja dado. Talvez o documento seja exigido com mais mortes de cidadãos, o crescimento da pandemia em território nacional ou uma ordem expressa do Supremo Tribunal Federal que felizmente ele  não teve como fechar.

É um "cavaleiro da triste figura", sem que queiramos comparar sua estatura moral à do personagem de Miguel de Cervantes, Dom Quixote de La Mancha. Bolsonaro vai passar. Como tudo o que não presta, é inútil, só serve para infernizar os outros, irá embora talvez de forma muito mais triste do que chegou na esteira de cometa de uma raiva doentia a um partido politico.

Resta saber quantas desgraças fará até lá.              

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