11 de novembro de 2023

A raiz de todos os problemas


Quando eu digo que Israel se tornou um estado terrorista muita gente critica. Um seu ministro atual disse faz poucos dias que os palestinos gostam de perder terras... Outro, que uma bomba atômica resolveria de vez a questão palestina... E o primeiro ministro que pode perder o mandato e no futuro ser até mesmo preso declarou que Israel vai ocupar a Faixa de Gaza por tempo indeterminado. Quem sabe como já ocupa a Cisjordânia que agora já é conhecida como "ocupada". Lá proliferam as colônias judaicas lançadas sobre terras roubadas. Em muitos casos os palestinos são simplesmente expulsos de suas residências para nelas entrarem famílias judias que vão morar no lugar com títulos de posse (sic!).

A imagem acima e à esquerda é um mapa oficial do Oriente Médio de 1947. Meio desbotado... Nele aparece em destaque a região que era conhecida como Palestina (Palestine) e  ao lado de Egito (Egypt), Jordânia (Trans-Jordan), Síria (Syria) e Líbano (Lebanon). Esse mapa não existe mais. Um ano depois a ONU, com a ajuda decisiva do voto do embaixador brasileiro Oswaldo Euclides de Souza Aranha, criou o Estado de Israel. O poder do dinheiro foi decisivo nesse caso. Como isso  aconteceu num espaço de tempo tão curto? Foi muito simples, como posso explicar logo em seguida.

A II Guerra Mundial havia terminado e mais de seis milhões de pessoas tinham sido mortas pelos nazistas nos campos de extermínio montados em diversos países. Não eram apenas judeus, mas também comunistas, ciganos. negros, deficientes físicos, deficientes, mentais e todos os demais considerados seres inferiores pela ideologia nazifascista. O estranho é que hoje o Holocausto só homenageia os primeiros... O mundo saiu dessa guerra decidido a criar um estado para os judeus e, através da Resolução 181 da recém criada ONU decidiu-se dividir o território palestino mostrado acima: 53,5% ficariam com Israel e 45,4% com a palestina, mesmo os israelenses sendo apenas 30 por cento da população na região de então. E assim foi feito. Armados pelos Estados Unidos que logo no primeiro momento apoiaram a decisão, os judeus invadiram o território agora seu.

Eles obedeceram a divisão por pouco tempo e em seguida, aproveitando-se do fato de sobretudo os muçulmanos não terem aceito a nova situação e reagido contra ela, foram à guerra, conseguiram vencer graças à injeção de dinheiro e armas dos norte-americanos e expandiram seu território para além das fronteiras consideradas legais. Das terras conquistadas somente as tomadas ao Egito foram devolvidas e por causa de um acordo de paz. Os egípcios são um inimigo que pode ser muito poderoso. Nos demais casos, não. E jamais o Estado Judeu admitiu verdadeiramente apoiar a criação do Estado da Palestina, a não ser por um breve momento, quando o então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, intermediou um acordo entre o palestino Yasser Arafat e o israelense Yitzhak Rabin. Estava  tudo certo? Não, porque um terrorista judeu matou o primeiro ministro de seu país e permitiu a chegada ao poder israelense de um nazismo sionista que nunca mais saiu de lá. E que hoje fragmenta as terras palestinas.

Eis a raiz de todos os problemas. Eis o ovo da serpente. Eis porque nos dias atuais o ódio e o terror das guerras não poupa velhos e crianças dos dois lados. Sobretudo do lado mais fraco.                  

Um comentário:

Anônimo disse...

Muita gente ( e eu também) se pergunta: Por que , por ocasião do pós- guerra mundial e até antes, a esses tais judeus sem Estado não se ofertou território dos EUA ou da Europa? Ou no Brasil, hein, Oswaldo Aranha. Já sei: o diabo é a tal Jerusalém " sacrossanta", no tal lugar onde sobretudo liderança religiosa decretou execução de guru pacifista: Jesus. ( MT)