6 de dezembro de 2023

Antes de Israel...

Quando da criação do Estado de Israel por parte da ONU, em 1948, tinham os diplomatas reunidos em Nova Iorque a exata noção do que iria acontecer em seguida? Inclusive o representante do Brasil, ministro Oswaldo Aranha? Não sei se sim ou se não. Mas quero crer que diversos sabiam, sim, que os muçulmanos seriam enxotados de suas terras e que a Palestina jamais iria ser criada. Tanto que o ato daquele ano incluía uma "recomendação" pela criação de dois Estados Nacionais. Recomendava, mas não determinava.

Daquela data em diante uma "norma" foi estabelecida: Israel jamais respeitou decisão alguma da Organização. E sempre que o estado judeu desconhecia solenemente as determinações das Nações Unidas, era seguido e apoiado pelos Estados Unidos, aliados incondicionais sem jamais sentir o menor constrangimento em usar o direito de veto para sufragar atos israelenses. Isso foi o ovo de serpente do Estado Terrorista de Israel que vemos hoje em todas as cores massacrando o povo palestino e inviabilizando a "politica de dois estados".

Quando a Segunda Guerra Mundial acabou foi o Reino Unido quem primeiro pediu a criação de um Estado Nacional Judeu. Na época o trauma dos campos de extermínio nazistas era terra fértil para uma situação de "sim". E então os judeus tiveram o que nenhum outro grupo religioso jamais teve: um país para chamar de seu. Os muçulmanos reúnem-se em estados onde têm no islamismo sua religião oficial. Isso acontece também com outras confissões religiosas. Mas nada se assemelha a Israel.

Não vale a pena perder tempo discorrendo aqui sobre a carrada de atos de genocídio cometidos pelos israelenses, que sempre invocam o "direito de defesa" depois de invadir e tomar territórios de outros povos. Massacres hoje são tantos que não dá mais para contar nos dedos. E os palestinos assassinados já somam um holocausto completo, mas que o "mundo livre" não contabiliza porque isso significaria reconhecer que Israel, um país voltado para dentro de si próprio, é a reencarnação do nazismo, agora sob a estrela de David.

E já ia me esquecendo de explicar: a foto que abre esse texto é de uma praia da Faixa de Gaza em 1944. A diferença para hoje é que na época Israel não existia...
 

Um comentário:

Anônimo disse...

Complicado!
Em nome do direito de defesa, Israel estrapola!
E o Hamas?
Como eu fico nesta lama de sangue que nos assola a todos?