29 de maio de 2024

A vitória (sic!) dos corruptos


O que pensar de um país onde a maioria de seu Congresso Nacional recusa um texto legal que torna crime a difusão de mentiras (chamadas hoje de fake news) durante eleições municipais de certo ano? O que houve foi que durante o governo do presidente genocida e inelegível, este vetou uma parte da nova Lei de Segurança Nacional que criminalizava o uso das chamadas redes sociais para difusão de mentiras, sobretudo durante eleições. O veto caiu com o novo governo, mas ontem o Congresso Nacional, por ampla maioria decidiu pela manutenção da fórmula do antigo mandatário hoje em vias de ser preso. Ou seja: essa é a vitória do crime sobre a prática honesta do exercício da política.

A quem interessa que durante campanhas eleitorais uma enxurrada de fake news inundem as redes sociais para interferir nos resultados dos pleitos? Aos corruptos. Àqueles que usam de todos os meios ilícitos para construir resultados de eleições a seu favor. Esses homens e mulheres hoje constituem uma bancada de vários partidos diferentes em nomenclatura, mas iguais no horizonte que traçaram para eles mesmos: manter seus privilégios a quaisquer custos. Desde a defesa intransigente de uma "pauta de costumes" da Idade Média até a defesa pouco disfarçada de milícias e outras formas de crimes os mais diversos, a maioria deles por formação de quadrilha e com uso de muita violência, inclusive no campo.

E é bizarra a justificativa: querem defender a liberdade e combater a censura na ditadura onde dizem viver. Fazem isso em nome de um ex-capitão do Exército colocado na reserva remunerada para não ser preso e que se notabilizou por defender a ditadura que infelicitou o Brasil de 1964 a 1985, a prisão ilegal e tortura de opositores, a destruição do Poder Judiciário através do Supremo Tribunal Federal, a Constituição Cidadã de 1988, as instituições civis via sobretudo ONGs e outros. O energúmeno que os representa chegou a defender em plenário o AI-5 e torturadores como o militar Brilhante Ustra. Hoje seus filhos o representam, como o "Zero Um" fotografado ao microfone ontem no Senado Federal (foto).

Os corruptos venceram por agora, mas vão perder logo mais adiante. A extrema direita brasileira e que eles tão fervorosamente representam não sobrevive sem as fake news, sem se alimentar da difusão de mentiras e do ódio que distribuem. Hoje ela tenta penetrar em todos os setores da sociedade brasileira para dominá-la antes de destruí-la. Ao final vão perder, como sempre perderam. Mas não sem antes causar prejuízos imensos à sociedade brasileira. Aliás, isso é tudo o que fazem com reconhecida competência.              

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