1 de maio de 2024

O neonazismo está aí!


Enquanto o Congresso Nacional engaveta o projeto de lei que pretende impor normas de comportamento às chamadas redes sociais, as agressões que elas geram todos os dias só fazem crescer. Mais do que isso, não são baseadas em fatos reais, mas sim criam uma realidade paralela para gerar tumulto e mais animosidades num país extremamente polarizado desde logo em seguida às eleições de 2018. Hoje a falta de moderação de conteúdo dessas redes, sobretudo a "X", antigo Twitter, faz surgirem grupos de extrema direita em atuação no Brasil, segundo foi mapeado pelo Global Project Against Hate and Extremist  (GPAHE), o Projeto Global Contra o Ódio e o Extremismo.

O estudo deste instituto localiza a maioria desses grupos nos estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, mas não apenas neles. Já foram mapeadas mais de 20 organizações ativas, muitas delas em redes como Facebook, You Tube, Telegran e, como disse antes, "X", além de outros menos usados. Hoje a população LGBTQIA+ é o alvo principal, mas não o único. O Instituto Conservador Liberal, do deputado Eduardo Bolsonaro, pontifica na produção de tudo o que pode ser raivoso, sobretudo em combate ao que para ele é politicamente de esquerda. 

Ao mesmo tempo em que a Câmara dos Deputados diminui o ritmo de apreciação do Projeto de Lei 2.630/2020 com a criação de um grupo de trabalho que tem como objetivo principal paralisar o assunto, vão surgindo frentes de combate à democracia no Brasil como é o caso da FNB, Força Nacionalista, que chama mulheres que não combatem o aborto de "defensoras do diabo". O Falanges de Aço defende a separação do Sul do restante do Brasil (foto) e o Resistência Sulista envereda pelo mesmo caminho. São separatistas, o que é crime. Já temos por aqui até mesmo a Força Nova, versão tupiniquim do neofascismo italiano da Forza Nouva, e até mesmo uma Frente Integralista Brasileira que dispensa apresentações foi recriada recentemente em substituição à de Plínio Salgado.

E enquanto a gente brinca dizendo que isso não passa de modismo, basta recuar um pouco no tempo e vamos ver como o governo que antecedeu a esse acreditava no nazifascismo. Os nazistas alemães bebiam leite publicamente porque na visão deles essa era uma bebida branca, de purificação da raça. Eles passaram, mas o exemplo ficou. Durante o governo passado, um trio de bandidos formado por Bolsonaro e dois ministros foi fotografado ao menos uma vez bebendo leite enquanto o bandido chefe comandava uma live. Tudo isso sob o lema de "Deus, Pátria, Família", criado por Benito Mussolini na Itália.

Nada disso tem graça. O Brasil precisa pressionar o congresso pela aprovação do Projeto de Lei 2.630/2020. E rápido.               

Um comentário:

Anônimo disse...

Você diz que “Congresso Nacional engaveta o projeto de lei que pretende impor normas de comportamento às chamadas redes sociais…” então eu fico pensando como é difícil um acordo entre nossos representantes! Como é difícil “governar”.
Enquanto estudam e debatem a vida continua e tudo fica na mesma: a insegurança, a saúde, a educação. A demora dá vez à corrupção, o tumulto aumenta, e a animosidade divide brasileiros fomentando o ódio entre irmãos. Isto tudo fomentado por uma cadeia de notícias inverídicas que carecem de regulamentação.