11 de julho de 2024

Arapongas & assemelhados


Quando estava no início de seu (des)governo, em 2018, o genocida inelegível Jair Bolsonaro, antecessor do atual presidente da República dizia que queria ter acesso a todo tipo de informação e isso vinha sendo dificultado a ele. Numa de suas arrogantes declarações disse, dentre outras coisas que "o meu sistema de informações pessoal é muito bom". Claro que se tratava de algo ilegal como pode ser visto hoje depois de o ministro Alexandre de  Moraes, do Supremo Tribunal Federal ter aberto o sigilo de uma investigação que descobriu arapongagem de muita gente, inclusive ministros, políticos e jornalistas. O criminoso que atuou no Palácio do Planalto durante quatro anos não respeitava ninguém. Rigorosamente ninguém! Nem lei alguma!

Só para especificar, o sistema mais usado no Brasil para monitorar ilegalmente uma pessoa é de origem israelense e adquirido pela ABIN - Agência Brasileira de (pouca) Inteligência - já faz algum tempo. Comprado à empresa Cognyte, anteriormente chamada de Verint, o First Mile é um software de monitoramento que permite o rastreamento de até 10 mil celulares por ano e foi largamente usado durante quase todo do governo bozista. Rastreia em tempo real e localiza todas as pessoas perseguidas. Logicamente isso só pode funcionar com autorização judicial que jamais foi solicitada ou obtida pelos espiões tupiniquins.

O chefe do tráfico ilegal de informações era e é o ex-delegado da Polícia Federal e atual candidato a prefeito do Rio de Janeiro, Alexandre Ramagem (na imagem montada, está ao lado da sede da ABIN, em Brasília). Ele fazia e fez até hoje qualquer tipo de trabalho sujo pedido pelo "patrão". Conheceu o inelegível durante a campanha deste à presidência, tornaram-se amigos (ou seriam capangas?) e daí em diante o delegadinho só não virou diretor geral da Polícia Federal porque a Justiça não deixou.

Eis, sintetizada, a promiscuidade que era o governo federal anterior, isso só no campo da espionagem ilegal. Não estamos nem entrando no terreno das joias tomadas ao Estado, aquisição de imóveis com dinheiro vivo e outras coisas menores...  Estamos nos atendo apenas aos arapongas e assemelhados que ainda vivem à custa do poder, ao lado dele, alimentando-se de suas entranhas e atentando contra os poderes da República. Diariamente cidadãos acima de quaisquer suspeitas (alguns nem tanto...) têm suas vidas devassadas. 

 Cabe uma pergunta: quando esses chefões mafiosos vão ser presos?           

Um comentário:

Anônimo disse...

É até engraçado as denominações que você usa para a Sua Excelência o Bozo.
Parabéns!
Texto claro e seria cômico se não fosse trágico.