Se depender do presidente da Câmara, Arthur Lira (foto), e de deputados como ele, o sonho de um mandato como senador por Alagoas vai acontecer e para chegar a isso esse parlamentar faz e fará qualquer coisa. Apenas um exemplo de até onde pode chegar o chantagista sabotador que preside uma das casas mais importantes do Poder Legislativo brasileiro: consumiu R$ 960 mil para aprovar uma obra de "terminal lagunar" em Barra de São Miguel, cidade litorânea alagoana que é administrada pelo prefeito Benedito Lira, o Bill, seu próprio pai. Uma repórter foi até a cidade, pediu entrevista ao prefeito e perguntou a ele sobre a obra. "O que?", respondeu Benedito. Ele não sabia de nada parecido com isso por lá. Quando a repórter explicou que se tratava de um projeto do filho, e com dinheiro de emenda parlamentar, ouviu do entrevistado: "Deixa isso pra lá, minha filha!".
Esse político, Arthur Lira, está à frente de várias votações no Congresso. Passou pela Câmara, fica sujeito ao crivo dele, como acontece com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e do ajuste fiscal que impõe limites de gastos ao governo. Lira sabe que desidratar essas leis toca diretamente na governabilidade e nas contas da União, mas faz isso. Incentiva a sabotagem e coloca o Governo Federal contra a parede por um único motivo importante: quer, custe o que custar, que as emendas parlamentares, hoje na casa dos R$ 50 bilhões, continuem a subir de forma desbragada e sem que haja fiscalização alguma por parte do contribuinte que, como eu, paga os impostos geradores de dinheiro do caixa do Governo.
Nesses casos de corrupção confessada e generalizada haverá centenas de outros terminais lagunares espalhados pelo Brasil afora, e em tal quantidade que não será montada investigação suficiente para identificar a todos. Agora mesmo Lira dissolveu as comissões que eram encarregadas de identificar os autores das emendas que seriam liberadas pelo Governo. Enviou tudo ao Supremo Tribunal Federal sem que as exigências constitucionais fossem mais uma vez respeitadas e cumpridas. Isso é um escárnio, ainda mais porque o Congresso dobra a aposta a cada dia para curvar não apenas o Executivo, mas também o Judiciário. Sem que os autores das emendas, sobretudo as chamadas PIX sejam identificadas, não é possível frear a corrupção contida nesse artifício parlamentar.
Os sabotadores do Brasil, os chantagistas do Legislativo, perderam totalmente o pudor, a vergonha. O tal Nikolas Ferreira, deputado federal por Minas Gerais, projeto pronto e acabado de fascista quase mirim, declarou em alto e bom som no Congresso que para ele tanto faz o dólar subir porque sua intenção e da turma que o cerca é ver a moeda norte-americana a R$ 7,00. Dane-se para ele e os demais se os pobres vão sofrer com isso, se uma crise econômica pode se instalar no país. Tirar o PT do poder é o mais importante de tudo. Por esse motivo nunca tive a menor dúvida de que proteger o Brasil não passa pela cabeça da maioria dos parlamentares do Congresso atual, o pior, o mais medíocre e o mais perverso que já foi eleito no Brasil. Pior: ele se elegeu na calda de cometa de um ódio desmedido dos reacionários contra o que chamam de "esquerda" e sem se importarem, esse eleitores, em aquilatar quem estavam elegendo como seus representantes.
É hora de o Supremo dizer "NÃO" a tudo isso, sobretudo ao que é inconstitucional. Ao enfrentamento. E dar um freio de arrumação definitivo nas manobras daqueles que usam mandatos eletivos para ficar acima das leis. Há lugar na Papuda para todos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário