Arthur Lira, o todo poderosos presidente da Câmara dos Deputados queria dar aos seus cúmplices um Natal gordo esse ano: nada menos que R$ 4,2 bilhões de dinheiro público dos meus, dos seus, dos nossos impostos pagos com o suor do trabalho sem identificação de nome do destinador, sem que a gente soubesse também o do destinatário e nem a quem ou a que propósito se destinava a dinheirama. Mas a caneta do ministro Flávio Dino (foto), do Supremo Tribunal Federal acabou com a festa. Ao menos por enquanto...
A farra das emendas parlamentares, que já chegou a R$ 50 bilhões por ano e os políticos querem fazer com que cresça ainda mais porque para eles o céu é o limite, não tem comparação em país algum. Antes era um montante até razoável para atender aos currais eleitorais de suas excelências. Mas o ex-presidente Jair Bolsonaro, ao notar que poderia sofrer processo de impeachment durante seu desgoverno resolveu abrir as portas do cofre da Fazenda e entregar as chaves ao Legislativo. Era tudo o que se queria. De uma hora para a outra a farra da verba pública alcançou cifras inimagináveis e o dinheiro dos impostos deixou de ser administrado pelo Poder Executivo, como ocorre na maioria dos outros países. Virou festa em casa de prostituição!
Enquanto o atual presidente Lula, acuado por não ter nem sombra de maioria no Congresso tenta se esquivar de todas as chantagens possíveis e imagináveis, as exigências para liberação de emendas chegaram a um ponto absurdo. Até emenda PIX foi criada. Até dinheiro transportado em avião nós já temos. Até malas recheadas com milhões de reais são jogadas pela janela quando a Polícia chega. E não há mais pudor algum porque Arthur Lira e seus asseclas dizem para todo mundo ouvir que não vão abrir mão de seu "direito" de usar nossos recursos de impostos para roubos os mais variados. Para assaltar os cofres públicos.
O Governo Federal tem que reagir também, e agora. Só Flávio Dino e os meios de Comunicação tradicionais - afora os vendidos à extrema direita canalha - é muito pouco para enfrentar a sanha dos bandidos de mandato. Lula quer entrar para a história como o presidente que enfrentou essa quadrilha e ajudou Judiciário a vencer a guerra pela moralização da vida pública? Se sim essa hora chegou.
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