Quando terminou a Segunda Guerra Mundial e foram descobertos os crimes do nazismo uma ampla campanha mundial pregou o não esquecimento do que havia se passado para que tal jamais se repetisse. Israel, país então recém criado tomou para si o mote da campanha, reduziu-a a uma denúncia apenas e tão somente focada no extermínio judeu e fez dela uma imagem de seu país. Acontece que não era assim, porque os nazistas mataram indiscriminadamente todos aqueles que considerava inferiores, o que atingiu até mesmo adversários políticos deficientes, negros, etnias minoritárias e outros como palestinos, comunistas ou não.
Mas Israel continuou a ter essa bandeira até que sua extrema direita chegou ao poder e começou a fazer com as populações palestinas o mesmo que o nazifascismo havia feito de 1939 a 1945. Hoje, apesar da intensa campanha internacional que nasce nos Estados Unidos, sustentáculo do sionismo internacional, não é mais possível esconder o fato de que o Estado Judeu usa os mesmos argumentos requentados da Alemanha Nazista em busca de seu "espaço vital" e da eliminação palestina tida como grupo etnicamente inferior. Tal mestre, tal aluno! Bom aluno, por sinal...
Os ideólogos do 08 de janeiro de 2023 têm muita inspiração tirada do nazifascismo, inclusive do sionismo nazista israelense no poder hoje, quando Israel se tornou estado terrorista travestido de defensor ferrenho de sua soberania. Usa uma capa machada de sangue e que não consegue esconder o fato de que as tropas sionistas combatem não em seu território constituído pela ONU em 1948, mas sim em terras estrangeiras invadidas à força - como sempre com apoio norte-americano - aos povos nacionais que circundam as terras dadas legalmente a eles. As chamadas "Forças de Auto Defesa de Israel" são na verdade uma união de três armas agressoras mantida pelos interesses internacionais dos Estados Unidos.
Hoje, no dia em que são completados dois anos da tentativa do golpe brasileiro, o trumpismo a ser empossado dia 20 em Washington ameaça anexar o Canadá, mudar o nome do Golfo o México para Golfo da América, tomar o Canal do Panamá (pode ser que se queira mudar o nome para Canal Trump, quem sabe...), invadir a Groenlândia e não se imagina mais o quê. Depois de Elon Musk colocar o X, ex-Twiter, à disposição do futuro presidente norte-americano, ontem foi o dia de Mark Zuckerberg dizer que a Meta, controladora do Facebook e Instagran, principalmente e sua empresa não mais fará checagem de fake news, mas sim deixará isso à cargo das "comunidades". Não são sandices, mas sim insanidades que vão ser mesmo tentadas de curto a médio prazo.
O que se vislumbra também nisso tudo é um foco nos sistemas judiciários dos países que combatem essa espécie de "absolutismo" das redes sociais chamados até mesmo de secretos sem o serem. Zuckerberg atacou a Europa e, na América Latina, mesmo sem citar nome, o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, que hoje julga uma regulamentação das redes sociais. Nosso Tribunal seria um inimigo declarado dos movimentos extremistas de direita, neofascistas e de projetos autocratas como o de Donald Trump.
Então, estamos diante de dias incertos e perigos certos em diversos setores. Talvez o presidente dos EUA esteja pisando em terreno pantanoso para ver até onde poderá ir. Ele e seu país não vão lutar contra o mundo todo, mas é preciso que o Brasil dos verdadeiros brasileiros esteja unido em torno de nossos ideais maiores para enfrentar quaisquer ameaças que venham a se corporificar no terreno da sabotagem à democracia. Fazer diferente é abrir terreno fértil ao revisionismo, ao golpismo, ao oportunismo político e à corrupção que agora ganham terreno no Congresso Nacional na calda de cometa das emendas parlamentares e outras aberrações permitidas sobretudo por Bolsonaro.
Hoje, na passagem desses dois anos da tentativa de golpe militar - jamais confundir isso com uma comemoração -, várias manifestações ocorrerão em Brasília durante o dia. Lá em em inúmeras outras cidades brasileiras, como a minha Vitória. Até mesmo o relógio do século XVII vandalizado pelos marginais do 08 de janeiro voltará ao Palácio do Planalto juntamente com mais peças - onde deveria ter permanecido intocado -, isso depois de um restauro que demorou 24 meses. Se conseguirmos fazer com que a nossa democracia atravesse as novas tormentas também sem o risco de surpresas como essa, estaremos diante de uma oportunidade de ouro para fortalecer de uma vez por todas as instituições civis e militares brasileiras em torno da Constituição da República nesse abraço simbólico da Praça dos Três Poderes!É preciso que não nos esqueçamos do preço pago por todos na conta dos 21 anos de ditadura militar brasileira. "Ainda estou aqui", filme reverenciado por milhões e premiado com o Globo de Ouro para Fernanda Torres mostra isso de maneira enfática. Os cartórios do País estão tendo que retificar inúmeras certidões de óbito de pessoas assassinadas pelo regime militar ao longo dos 21 anos de obscurantismo político vivido por nós. Eu mesmo conheci homens e mulheres que foram supliciados e mortos na ditadura. Também outros que sofreram, mas conseguiram sobreviver. Todos esses últimos carregam consigo um peso imenso em traumas que jamais puderam e poderão ser apagados. É tempo de isso ficar para trás, mas de forma alguma no esquecimento porque uma decisão como essa seria o supremo desrespeito para com esses brasileiros. Esses, sim, são nossos patriotas.
Anistia, não!
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