Um belo dia, desses recentes, Carlos Vereza deu entrevista ao programa Jô Soares. Entrevista que não foi ao ar, pasmem, na emissora que defende com tanta veemência a liberdade de imprensa. À certa altura, criticando o presidente Lula, disparou Vereza:
- Estamos vivendo a época da glamourização do apedeuta!
Talvez, quem sabe, seja por isso que a entrevista não foi ao ar. Sempre que se lembra, à respeito do presidente, sua pífia escolaridade, a declaração é taxada de preconceituosa.
Mas reporto-me ao episódio apenas para introduzir-me em um tema que pretendo curto: na semana da primeira década de existência da revista Época, várias pessoas ouvidas falaram das perspectivas futuras do Brasil e praticamente ninguém se esqueceu de dizer que nossas chances de crescimento estão umbilicalmente atadas ao investimento em Educação.
Correto; faltam-nos vergonha na política, recursos energéticos, infra-estrutura urbana e rural, oferta de postos de trabalho e outros itens mais. Mesmo assim ninguém se esquece de dizer que o melhor caminho em direção ao crescimento, inclusive para corrigir todos os outros erros - ou ausências - é o investimento em Educação. Em escolas capazes de produzir cidadãos de excelência, como essa aí da foto, a UFV. Assim fizeram todos os países que antes eram pobres e hoje exibem condições ímpares de oferta de conforto para seus cidadãos.
Qual é nosso desafio, portanto? Encontrar os meios e modos de fazer isso? Não, eles já existem.
Encontrar a vontade política de fazer isso? Não, ela parece apenas hibernar.
Acordar o apedeuta? Tocar sua mente? Talvez seja isso.
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