12 de maio de 2010

O problema real


Vira e volta e os meios de comunicação brasileiros investem contra a criação ou revitalização de empresas estatais por parte do Governo Federal. Agora é a vez da ressuscitada Telebrás, que retorna como responsável pela banda larga na internet brasileira, com a promessa governamental de que esse serviço seja duplicado até 2014.
É estéril a discussão sobre se as empresas privadas seriam mais eficientes do que as públicas. Resta discutir como elas são dirigidas. Todos os dias instituições privadas vão à falência no Brasil, vitimadas que são por má gerência empresarial. Já as públicas, essas sangram anos e anos sem fechar a ferida. Sangram dinheiro público.
A revista Época que circulou no final de semana (nº 625) mostra em reportagem de capa que o Governo Lula, de 2003 para cá, contratou cerca de 20 mil pessoas para postos de confiança nos chamados cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS), aparelhando a máquinas estatal sobretudo e principalmente com gente ligada a partidos da base aliada. E também dando cargo de confiança e destaque a incontáveis sindicalistas. Estes, ocupam postos da maior importância em instituições como a Previ, Funcef e Petros. Ricos fundos de pensões.
Devem ser raros - e a gente pode afirmar isso sem medo de errar - os que foram contratados por competência. Quase todos são apaniguados.
O problema não é a empresa, se pública ou privada. O problema é quem a dirige e o fato de ela ser usada como moeda de troca política, mesmo sendo sustentada por dinheiro público. E isso, certamente, vai acontecer também com a Telebrás.
O problema real, conclui-se, é a falta de respeito para com as instituições públicas. Bem gerenciadas, elas poderiam prestar grandes serviços.

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