26 de maio de 2011

Ele sabe do que ri


O parlamento brasileiro, uma casa de comércio com matriz em Brasília e filiais instaladas em todas as capitais e municípios brasileiros, está trocando a blindagem do ministro chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, por votações de real interesse para o homem brasileiro, como o novo Código Florestal e a legislação que considera crime discriminar homossexuais. Além de outros. E trocando que eu digo é silenciando em troca da imunidade, se é que se pode chamar assim, do ministro que até hoje não explicou o milagre da multiplicação do seu (?) dinheiro.
Para uma casa de comércio barata, parece apropriado. Dane-se o cidadão, estrepe-se o meio ambiente. Raros, raríssimos são os homens e mulheres do Poder Legislativo brasileiro que exercem seus mandatos representando os cidadãos. A esmagadora maioria deles representa seus próprios interesse ou os de instituições muitas vezes menores, que são capazes de se considerar superiores à vontade da maioria das pessoas. Dos brasileiros e "brasileirinhos".
Triste é ver a presidente da República se curvando à negociação de cargos de primeiro, segundo e terceiro escalões. Como prostitutas ávidas por dinheiro, os políticos se engalfinham por esses postos de trabalho (sic!). Outros representam seitas religiosas e trocam os votos destas, seus currais eleitorais, pela imposição de princípios de falso moralismo. É pelo menos deprimente ver parlamentares acusados de roubo ou outros delitos defenderem a moral e os bons costumes.
Por isso Antônio Palocci ri nessa foto. Gostosamente! Quase gargalhando! Não é porque rico ri à toa, não. É porque ele sabe que pode continuar fazendo "consultoria". Afinal, é uma espécie de Pelé, segundo um depoimento pouco sério.

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