27 de fevereiro de 2012

História da carrochinha

No Brasil, país dos enganadores e dos enganados, uma nova historia da carrochinha está sendo contada a todos nós. Vamos a ela:
Um dia, com o auxílio do Ministério Público (MP), os supermercados descobriram que as sacolas plásticas dadas de graça aos clientes para embalar produtos fazem muito mal ao meio ambiente. Então, graças à pressão do MP, que adora holofotes, elas foram substituídas por outras sacolas plásticas, mas com duas diferenças: essas são biodegradáveis e por cada uma delas o comprador pagará qualquer coisa em torno de R$ 0,20. Pronto, o planeta está salvo. Acabou o efeito estufa!
Gostaram da historinha?
Então vamos ao que é real: o negócio de supermercados no Brasil está hoje e aos poucos sendo dominado por grandes corporações supermercadistas multinacionais, dentre as quais Carrefour e Wal Mart que, nos seus países, cobram por cada sacola entregue aos clientes. Elas não queriam mais dar nada de graça e contaram para tanto com a concordância de grandes redes nacionais, dentre as quais o Grupo Pão de Açúcar. Daí em diante bastou orquestrar um movimento de protesto, deixar a coisa chegar ao MP e, sob "pressão" deste, eliminar as sacolas de plástico comum pelas biodegradáveis, que são cobradas.
Mas perceba, meu caro leitor, que você continua comprando legumes, verduras, pães e mais tudo o que precisa ser embalado no interior dos supermercados com as mesmas sacolas de antes. Percebeu? Só que agora está pagando pela embalagem que no exterior é cobrada. A que recebe na saída.
E como todos nós conhecemos o Brasil, já deve estar sendo gestado um meio de outros serviços serem cobrados. Afinal, em muitos supermercados os estacionamentos também já são pagos na saída.
Coisas do Brasil!          

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