10 de julho de 2014

Cem anos esperando pela "tragédia"

A  goleada da Alemanha contra o Brasil por 7 a 1 na semifinal da "Copa das Copas" deixou um País atônito. Confesso: eu fiquei. Mas se a gente parar para pensar sem paixões, vai ver que esse fato inédito por um século era uma "tragédia" anunciada. Haveria de ocorrer um dia, numa circunstância qualquer, como resultado de nossa incúria, de nossa irresponsabilidade.
Exercício rápido 1: Luiz Felipe Scolari gastou mais tempo preparando o time ou gravando comerciais milionários para engordar sua conta bancária? E seus jogadores, nossos "heróis"?
Exercício rápido 2: se amanhã o Congresso Nacional sofresse um recesso de 100 dias como punição ou em decorrência de alguma catástrofe natural, isso iria representar o que para o Brasil? Um prejuízo irreparável às nossas instituições democráticas? Ou apenas às contas bancárias daquela turma e seus assessores?
O que José Maria Marin tem a dar ao futebol brasileiro como presidente da Confederação Brasileira de Futebol do alto de seus carcomidos anos e anos de vivência pública prostituta? O que o Congresso Nacional nos ajuda, a nós brasileiros, dirigido por Renan Calheiros e sua troupe?
Eles não disputam campeonato mundial de política mas contribuem para deixar o Brasil pessimamente colocado em todos os confiáveis índices mundiais de progresso social. Eles são parecidos com a nossa Seleção de Futebol de hoje: rica, despreparada e às vezes cínica. Só não choram pois,  no caso deles, seria ultrapassar em muito o limite da cara de pau.
Somos vítimas de nós mesmos. Permitimos que esquemas malandros nos enganem sempre e sempre parecemos não saber que estamos sendo enganados. A "Copa das Copas" está sendo - pois ainda não terminou - apenas e tão somente um circo multimilionário de dinheiro jogado fora, colocado em bolsos de ladrões e que ainda vai se desdobrar em obras por acabar e na orgia, hoje apenas no início, de mais uma festa de arromba chamada Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
No caso atual, os 7 a 1 da Alemanha não estavam no script. Talvez algumas medalhas além do que a pobreza esportiva de sempre nos brindou possam vir a ser acrescentadas à roubalheira de 2016.     

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