4 de julho de 2014

Um Holocausto para todos!

Os jornais publicam hoje que uma senhora hoje com 80 anos doou ao Museu do Holocausto, em Tel Aviv, uma capa de publicação nazista na qual ela, ainda um bebê, aparece como símbolo da raça ariana. Era e é judia. Ao que tudo indica, tem muito orgulho disso. Escrevo esse texto depois de três jovens judeus que tentavam carona para casa após aula de religião terem sido sequestrados e mortos em Israel. A irracionalidade usa muitas vestes e se alimenta do sangue de inocentes.
No dia 08 de maio de 2009 escrevi, neste meu Blog, o artigo "Mortos de segunda classe". Nele questionava, como questiono até hoje, o uso do termo holocausto por autoridades judaicas, por judeus do mundo todo e por gente espalhada por esse mesmo mundo para identificar, glorificar, prantear e lembrar todos os anos os judeus mortos entre 1939 e 1945 por nazistas e fascistas. O período que cobre a II Guerra Mundial abriga esse genocídio de caráter inominável.
Ao ponto de crianças mortas enforcadas junto a uma coluna (?) de Sobibor, como se ornamento macabro fossem, inspirarem um monumento em sua homenagem. A foto está junto ao texto.
Não adianta falar: mas considero que o holocausto deve lembrar a TODOS os mortos pelos nazistas. Judeus, claro que sim, mas também comunistas, ciganos, negros, imigrantes legais, adversários políticos diversos, desempregados e, suprema crueldade, idosos, deficientes físicos e mentais. Nesses casos, não importando a religião que tivessem. Eram apenas imprestáveis.
Nego-me a utilizar o termo holocausto por causa disso. E nem o grifo com "H" maiúsculo. Acredito, no entanto, que um dia algum tipo de homenagem focalizará os que morreram no Genocídio da II Guerra Mundial. Não eram soldados, não lutavam por seus países, mas enlutaram a humanidade.
Seria oportuno se radicais palestinos se recordassem disso antes de sequestrar e matar garotos judeus mesmo que, como pensa o Hamas, eles usurpem seu território. Seria igualmente oportuno se governantes judeus pensassem nisso antes de enviar modernas armas de guerra matar inocentes entre a população palestina. A renúncia precisa ser mútua, definitiva.
Ainda há espaço para a mesa de paz. E para recordarmos
o Holocausto de Todos.     

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