21 de julho de 2014

Pela segurança aérea

Bagagens de passageiros marcam o local da queda do jato abatido na Ucrânia
No total, 537 pessoas deixaram de existir em março e julho nos dois acidentes com aviões da Malaysia Airlines. A companhia aérea que já foi considerada cinco estrelas deve fechar. Falida. Não conseguirá resistir às duas catástrofes. No caso do acidente mais recente, com 298 mortes, foi cometido um crime com o disparo de míssil de região conflagrada contra o jato civil. E no de março, quando havia 237 seres humanos no avião? Ele teve todos os seus aviônicos de contato desligados, mudou radicalmente de rota, voo cerca de sete horas e depois desapareceu sem deixar vestígios? Simples assim? Não, não foi. Evidências mostram que um voo como esse, nos tempos de terrorismo, teria sido monitorado militarmente pelas principais potências tão logo desviado.
Há muito mais entre o céu e a terra (ou o Oceano Índico) do que julga nossa vã filosofia. Não é tão fácil a governos poderosos ludibriar os incautos. Tão logo um avião civil sai da rota os radares e satélites militares entram em ação. O que se quer saber é se esse jato se tornou um míssil nas mãos de insurgentes. E o que ele pode atingir no seu voo agora sem destino certo. O Boeing 777 que fazia a rota MH370 também pode ter sido abatido. Por ter sido considerado perigoso, descontrolado, levado em direção a algum alvo pelos tripulantes ou quem os dominou. Se isso é verdade ou não pouco importa. Na hora da decisão a ordem é mandar apertar o botão do míssil.
Nós vivemos num mundo perigoso. Em várias regiões há conflitos e a cada dia que passa mais aumenta o número de mortos. Tornar até mesmo os meios de transporte inseguros, passíveis de serem atingidos por disparos, venham eles de terra ou do ar, é demais. Não pode acontecer. Nesses dois últimos casos, envolver os órgãos de segurança da ONU em ações que visem a recuperar a segurança aérea é tão importante quanto lutar por tratados de paz em lugares como a Palestina. Por sinal, lá morrem crianças enquanto adultos se digladiam irresponsável e irracionalmente.   

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