22 de junho de 2021

A esperança maior


Tenho passado algumas horas por dia lendo artigos de jornalistas ou cientistas sociais e médicos estudiosos, todos muito sérios, focando sobre a "performance" mais recente do homúnculo Jair Bolsonaro na presidência da República. Algumas avaliações são catastróficas, outras nos aproximam do cenário de um caos constitucional e há, enfim, aquelas que reduzem a figura do indivíduo à do projeto fracassado de ditador de aldeia já sem forças diante dos últimos fatos.

Prefiro essas últimas e, ao contrário do general que preside o Superior Tribunal Militar, não acho esse presidente do Brasil um democrata. Ele é a antítese disso. Sempre foi! O que acontece hoje é que sente tremenda dificuldade para colocar em prática seu projeto de provocar uma ruptura institucional porque as FFAA (detesto essa sigla) estão há anos luz de distância de serem uma força monolítica, sobretudo depois dos últimos episódios de demissão do comandante do Exército e de "perdão" a Pazuello. O que pretende fazer então o dono do lema "cala a boca!" daqui para a frente? Tentará provocar o caos.

As lutas insanas dele pela cloroquina, contra o voto em urna eletrônica, em ataque à honra do jornalismo (foto acima) e no cometimento dos mais diversos crimes possíveis e imagináveis que vão desde simples desrespeito a normas sanitárias municipais e estaduais até ao desperdício de dinheiro público das mais diversas formas - vide os últimos escândalos envolvendo a vacina indiana - e destruição de nosso patrimônio ambiental são exemplos de um projeto: provocar instabilidade política de tal monta que desemboque na possibilidade da decretação de estado de sítio nas eleições de 2022.

Sabemos todos que esse cavalo doido é um sociopata claramente identificável. Tenho minhas dúvidas sobre se não pode ser classificado também como psicopata, pois não sou da área de saúde mental. Mas, seja o que for ele tem um projeto e que é o de se reeleger a qualquer custo. E esse projeto não envolve renunciar a nenhuma de suas bandeiras sujas de lama e de sangue. Ele as vai carregar até o final do trajeto e com cometimento de novos crimes. Tantos quantos forem necessários.

Como o Judiciário age com aparente medo no tocante a ele e o poder político pode ser cooptado com o uso de nosso dinheiro - como está acontecendo -, resta-nos uma luz no fim do túnel: a reação externa. Haverá ações contra a continuação da destruição do meio ambiente e é possível que o Tribunal Internacional de Haia o declare processado por genocídio. Essa é a esperança maior!     

Um comentário:

Unknown disse...

Excelente!