5 de julho de 2023

Lula em sua bolha


Lula, liberte-se de sua bolha!

São seis meses de governo do presidente Lula. Nesse curto período já foram comprovadas melhoras consideráveis em crescimento e inflação em queda, novas regras de despesas, reforma tributária em andamento, diminuição do risco país, redução do déficit das contas externas, aumento da arrecadação sem crescimento de impostos (até o momento), redução de vários preços administrados pelo governo como os dos combustíveis, aumento real do salário mínimo, igualmente da isenção do imposto de renda, combate à fome, luta pela erradicação da miséria, Programa Desenrola Brasil, incentivo à indústria, maior Plano Safra da história, Plano Safra de Agricultura Familiar (sensacional!), merenda escolar com aumento de repasses, início da recomposição do orçamento das universidades públicas, pesquisa e inovação, ensino em tempo integral e verba para infraestrutura escolar, Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, combate à violência nas escolas, revogação de decreto sobre armas, vacinação em massa, transferência para estados e municípios fazerem exames e cirurgias em mutirões com apoio a hospitais, Farmácia Popular, Mais Médicos, Brasil Sorridente, combate ao desmatamento e apoio ao meio ambiente, atendimento às populações originárias, volta do Minha Casa, Minha Vida, Lei Paulo Gustavo, política de amparo às mulheres, Lei Geral do Esporte, combate ao racismo, retorno do Brasil ao cenário mundial da política externa, reajuste do funcionalismo público e Democracia Participativa. Tudo isso com pouco dinheiro porque a maior parte foi criminosamente jogada no lixo pela tentativa do ex-presidente de se reeleger.

Lula poderia, hoje, navegar em águas tranquilas, começando a botar no bolso a oposição parlamentar, sobretudo a criminosa do Centrão, pois o sucesso do seu governo fará com que ela se dilua em água e escorra para o esgoto juntamente com Arthur Lira e suas negociatas. Mas o presidente insiste em ser o defensor público número 1 de Nicolás Maduro, de não ver o que acontece na Nicarágua, de confundir democracias plenas com suas nuances de exceção e em falar sem pensar sempre que pode ou é provocado. Como os provocadores já perceberam isso, vão provocar cada vez mais.

E por que ele faz isso? Lula ainda está preso em sua bolha, a aquela das correntes radicais do PT e que garantiram a ele apoio incondicional durante os anos duros de perseguição política e prisão. É digno ser grato, mas hoje esse ex-metalúrgico é presidente de todas as correntes, sobretudo as de centro, majoritárias no Brasil. Ele tem que dizer aos petistas de raiz que o ajudem ficando a seu lado sempre que possível. Esse governo tem tudo para dar certo e sepultar o bolsonarismo. Não pode abdicar a isso. Destruir as raízes da extrema direita é o que importa e por isso dei meu apoio ao atual presidente nas últimas eleições. Eu e milhões de outros brasileiros. Apenas e tão somente por esse motivo. 

Lula, saia de sua bolha.             

3 comentários:

Anônimo disse...

Tem tudo para dar certo? Sim tem tudo mas é preciso aparar ainda algumas arestas. Maduro por exemplo. Ninguém aceita ouvir falar

Anônimo disse...

Álvaro, fantástico o seu comentário.. Tenho orgulho por ter sido seu colega de redação na antiga A Gazeta.

AURÉLIO CARLOS MARQUES DE MOURA disse...

Penso que Lula deve continuar atento às suas origens e fiel ao seu partido que cultivou, e foi por ele cultivado. Essa relação não o prejudica em nada nas ações exitosas do seu governo social e democrático. O mundo do capitalismo de Estado elegeu a Rússia para atacar e dar continuidade às suas conquistas nada democráticas. Batem na Venezuela, Cuba e Rússia, além de Belorus e China porque ainda são esteios da pouca contra-ofensiva possível. O Brasil de Lula não pode se rebaixar a esse papel. Podemos sim, e devemos instigar nosso presidente a ousar na política internacional sem perder seus parceiros históricos, principalmente, aqui da América do Sul. Enquanto isso, deixemos que eles descarreguem seus bilhões de dólares na Ucrânia cujo território seria usado para pôr seus planos herdados da Guerra Fria contra o país palco da primeira república socialista do mundo contemporâneo.