Levanta o pano
Primeiro Ato: O artista medíocre
Henrique Eduardo Alves aparece no palco Congresso Nacional. Está
possesso, furibundo, transpira suor de patriotismo cênico por todos os
poros e não nota que alguém colocou um "caco" na cena com o título
de um livro sem nada a ver com a peça. Grita a plenos pulmões que o
último programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, agrediu o
Congresso Nacional, o poder mais puro da República, ao acusá-lo de forma
indecente de estar envolvido em falcatruas de trocas de cargos, venda de
verbas parlamentares e superfaturamento de obras públicas. trêmulo, precisa ser contido.
Segundo
ato: O artista Henrique Eduardo Alves agora aparece no palco Reunião do
PMDB ao lado do artista Michel Temer. Fala-se do apoio à reeleição da
presidAnta Dilma Roussef por parte da legenda. Coadjuvante, Henrique houve o segundo
dizer em tom ameno mas decidido que seu partido só vai apoiar a
reeleição se receber mais ministérios de porteira fechada, cargos de
segundo e terceiros escalões em todos os estados para saciar uma goela
insaciável que fica rouca diante de dinheiro público e daquela diretoria
que fura poço.
Terceiro ato: um homem vestido de Renato Russo pega o
microfone e grita antes de cair morto de verdade: "Que país é esse,
porra!"
Cai o pano
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