13 de agosto de 2015

O coiote e as raposas

Como transita com facilidade por Brasília o Apedeuta da República. Ele parece que vai lá para se divertir, para descer brincando pelos corrimãos das escadas dos palácios, para dar palestras aos "próceres" do Poder Legislativo. Afinal, ele fala sobre pacotes. E nunca antes na história desse País homem público (e notório) algum entendeu tanto disso quanto ele.
Notem nas fotos que hoje estão nos jornais. O apedeuta fala compenetrado e a plateia ouve atenta. Estão de olhos pregados nele personagens como José Marimbondos de Fogo Sarney, e Fernando Casa da Dinda Collor de Melo, dentre outros. Parecem escutar atentos a uma nova palestra. Só que, estranhamente, essa não será paga pela Odebrecht (a preferida), pela Camargo Correia, OAS ou qualquer outra empreiteira companheira.
Em tempo: Sarney e Collor sempre foram aliados e honestos. Naquelas tristes ocasiões em que o apedeuta os chamava de ladrões ele não estavam sendo sincero. Estava bêbado! 
Curto essas imagens desde que elas começaram a aparecer nas TVs e nos sites de grandes jornais, ontem ao final da tarde. As velhas raposas estão quase estáticas diante do coiote. E este defende o "governo dos pobres", o mesmo que foi à falência depois que a Operação Lava Jato descobriu que todos os cofres estão vazios e os pobres ficarão a cada dia mais pobres ainda. Chegou tarde...
Se pudéssemos recuar no tempo, seria possível colocar no quadro, ainda vivo (em todos os sentidos) e atuante o velho governador de São Paulo Ademar de Barros. Aquele que "rouba mas faz". Uma espécie de orientador de vida de muitos personagens atuais. Vejo-o corporificado em presidentes de casas legislativas como Senado e Câmara dos Deputados mas, sobretudo, no Executivo. Ademar era mais discreto na hora de comprar apoios e cobrar deles.
Hoje é bobagem esse negócio de discrição. Renan Calheiros se contorcia de ódio da presidente até poucos dias atrás. Agora ela tem seu apoio. Qual terá sido ou será o preço? Eduardo Cunha continua a futucar o governo com vara curta. E vai fazer isso até o dia em que, compreensiva, Dilma o chamar para conversar e mesma conversa franca de Calheiros. Afinal, na política de hoje é preciso garantir o futuro de muitas gerações.
E o povo? Bem, o povo aguarda. E coitados daqueles que acreditam e vivem em função de Bolsa Família. Esses esperam hoje pelo 13º salário de seu voto barato.        

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