4 de março de 2022

Os demagogos e a indústria da morte


Vimos todos ontem pela TV a informação de que o presidente da República, Jair Bolsonaro, manteve contato telefônico com o atual primeiro ministro inglês para os dois lutarem pela deposição das armas na Ucrânia. Daria vontade de rir se o normal não fosse sentir raiva. Ainda estão vivas na memória de todos uma entrevista desse Bozo e na qual ele diz textualmente ao entrevistador: "Sou a favor da ditadura, xará". E: "sou a favor da tortura", dentre outros absurdos mais. Esse é o "artista" verdadeiro. O de agora é um produto mal feito e mal acabado para as eleições de outubro.

Por sinal, do presidente real temos várias imagens. Como essa foto, de ele "se exercitando" com um fuzil diante de uma plateia de seguidores. Ou então um filmete no qual não consegue atirar e o filho corre em seu socorro para dizer que a trava não havia sido inativada. Coisa de quem não sabe usar a pistola...

Demagogias à parte, tanto de ocasião quanto ideológicas, as guerras existem por diversos fatores, dentre os quais um determinante: a indústria da morte de alimenta delas. Os fabricantes de armas precisam demandar seus produtos, pesquisar, lançar a cada dia mais novidades e o melhor local para testes é o conflito armado. Como a finalidade é matar, carne humana serve muito bem de alvo. Ainda que seja e dos inocentes como crianças, por exemplo. Mero efeito colateral...

A Rússia é grande produtora de armas e precisa usá-las em seus locais apropriados. Os Estados Unidos, que no atual contexto se faz de mocinho contra bandidos, a mesma coisa. Não fosse assim e armamento norte-americano não seria usado todos os dias na África para matar, em países como a Somália. Fosse diferente e Israel não estaria massacrando os palestinos há décadas usando como argumento falso que precisa se defender. Todos estão alimentando a indústria das armas, da morte em larga escala.

O Brasil se ressente de não participar mais ativamente desse grande negócio. Principalmente agora, quando um projeto de ditador de aldeia defende abertamente a venda indiscriminada de armas e, com isso, coloca milhares delas nas mãos de criminosos que agem livremente no Brasil, como é o caso dos milicianos espalhados por todo o país, matando a torto e a direito.

A indústria da morte  não pode parar.

Não há inocentes nesse palco. Vladimit Putin, o bandido de hoje, cumpre seu papel. Joe Biden, o mocinho de ocasião, o dele. E a indústria bélica, grande interessada em todas as guerras, vibra com o atual momento que o mundo vive. Nunca, num passado recente, lucrou tanto quanto agora.         

Nenhum comentário: