23 de outubro de 2023

Senhores da guerra


O ex-chanceler alemão Gerhard Schröder decidiu romper o silêncio e deu declaração afirmando que o governo dos Estados Unidos impediu a Ucrânia de chegar a um acordo de paz que teria encerrado o conflito com a Rússia, isso em março do ano passado. Segundo Schröder, a Casa Branca ligou para Zelensky enfatizando que os ucranianos deveriam "avisar os americanos" sobre tudo o que era discutido com a Rússia. Como todo mundo sabe, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tenta destravar no Congresso de seu país uma ajuda militar bilionária tanto para ucranianos quanto para israelenses.

Joe Biden, Volodymyr Zelensky, Vladimir Putin e Benjamin Netanyahu são os senhores da guerra. E por motivos pecuniários, já que a indústria bélica das maiores potências se alimenta das guerras nas quais as vítimas são sempre crianças que acabam nos braços de pais desesperados como essa da Palestina, em foto feita na Faixa de Gaza.

Quando uma parte do território palestino foi destinado aos judeus em 1948 para nele ser fundado o Estado de Israel, ficou decidido também pela ONU que o Estado da Palestina seria criado quase ao mesmo tempo. Isso jamais aconteceu! E hoje as forças militares mais poderosas do mundo e que classificam como terroristas grupos radicais islâmicos e palestinos, jogam pesado militarmente falando para ajudar Israel a destruir de uma vez por todas os palestinos como etnia e/ou nacionalidade. Obviamente, um ataque como o perpetrado pelo Hammas contra civis de Israel no último dia 07 constituiu crime de guerra e também uma insanidade. Mas ao longo de 75 anos os palestinos e árabes das regiões tomadas a países da região para a criação do Estado Judeu foram alvos de crimes ainda maiores e igualmente cruéis. Exemplos existem às centenas...

E enquanto hoje muitos "intelectuais" de ocasião se apresentam para mostrar falsa sapiência em assuntos ligados ao Oriente Médio e seus problemas, todos se esquecem de dizer que a simples criação do Estado da Palestina nos moldes determinados pela ONU logo após o término da II Guerra Mundial teria evitado todo o banho de sangue que nós vemos diariamente. Mas isso nunca foi aventado, nem mesmo pelos falsos "intelectuais" porque os maiores interesses em jogo são os da indústria bélica e é ela quem sustenta no poder Biden, Putin, Zelesnki, Netanyahu et caterva.

Agora mesmo mais uma tentativa de paz está para ser agendada na ONU e mais uma vez os Estados Unidos deverão exercer seu direito de veto argumentando qualquer coisa. Não importa qual seja. Afinal de contas, armas precisam ser vendidas a preço fechado, não importando quantos possam morrer. Há interesses maiores maiores em jogo. Netanyahu impedir que a Suprema Corte de Israel o condene por crimes financeiros é um deles. E se mais palestinos ou israelenses tiverem que perder a vida em consequência disso, fazer o quê? São coisas do jogo de poder dos senhores da guerra.                    

                 

Um comentário:

Anônimo disse...

Boa análise!
É inacreditável! O mundo assistindo incrédulo a reprodução de atos infames já vividos anteriormente. Terroristas massacram inocentes, desrespeitam tratados e convenções, enquanto alguns fazem da guerra modo operandi para gerar riquezas.
Até quando?