19 de fevereiro de 2024

Sionismo é morte


Erra por ignorância ou absoluta má fé quem confunde um ataque ao Estado de Israel com uma dura crítica aos desvarios de extrema direita do sionismo israelense encastelado no governo que é hoje liderado pelo extremista genocida Benjamin Netanyahu. Talvez o único erro do presidente Lula tenha sido não deixar isso bastante claro na crítica que fez ao se despedir da África domingo. Todos os que agora investem contra o Brasil em decorrência das declarações dadas pelo governante passam por cima dessa evidência.

Desde o massacre de Sabra e Chatila entre 19 e 20 de setembro de 1982, quando de 800 a 2000 pessoas, a maioria palestinos, foram assassinadas por milicianos maronitas que agiam apoiados pelas forças armadas de Israel, sabe-se que o plano da extrema direita israelense, mais precisamente do sionismo daquele país, é a completa aniquilação da população palestina. Ontem isso foi feito no Líbano. Hoje, na Faixa de Gaza. A extrema direita de Israel quer que o povo palestino seja exterminado para que não haja a menor possibilidade de haver uma "solução de dois estados", como se pede para aquela região.

Aliás, só para constar, a "solução final para o caso judeu", de Hitler, não era diferente.

Se nós formos agora imaginar que crimes de facções políticas extremistas podem e devem ser confundidas com as imagens dos países aos quais elas estão ligadas, seria o caso de acusarmos os alemães e a Alemanha de serem responsáveis pelos crimes perpetrados pelos nazistas no período compreendido entre 1939 e 1945. Ou então, pelo projeto da medíocre extrema direita do Brasil, que a partir de 2018, pretendia criar em nosso país um nazifascismo tupiniquim, que ele envolve todos os brasileiros e que o povo é cúmplice dos projetos megalomaníacos de um capitão expulso do Exército de nosso pais.

Não e assim. As forças armadas de Israel cometem crime de genocídio em Gaza desde outubro passado para se vingarem do ataque do Hamas feito pouco antes. E se alguém ainda acredita no discurso de Netanyahu que justifica as ações de seu governo como tendo apoio no direito internacional, deve dizer em que leis o sionismo se baseia para invadir ilegalmente a Cisjordânia e montar lá inúmeras colônias de judeus violentos que aos poucos estão massacrando as populações locais. Famílias que deixam suas casas pela manhã para trabalhar, à tarde não têm para onde voltar porque seus bens foram todos tomados.

Sim, Israel, por seus governantes atuais, comete crime de genocídio e quer eliminar os palestinos de sobre a face da terra. Não há como questionar isso. Desgraçadamente. E também desgraçadamente, sionismo é morte.              

Um comentário:

Anônimo disse...

Tenho refletido sobre estas manifestações extremistas que explodem no mundo todo.
Será que o sionismo é um mal que se alimenta de divergências políticas e religiosas independente de regiões por governos totalitários. Todos corremos estes riscos.
Parabéns pelo texto e pela reflexão.