21 de junho de 2024

O grotesco invade o Congresso


A imagem acima, foto de "Metrópoles", foi usada  como capa da revista "IstoÉ" desta semana e com uma corte que a tornou vertical. Ela é a representação do que há de mais grotesco no atual Congresso Nacional, o pior da história brasileira. Eu pelo menos nunca pensei que um dia poderia chegar a ver coisa como essa. E a iniciativa de levar a "atriz" Nyedja Gennari ao Senado da República para representar um feto gritando partiu do senador Eduardo Girão, o mesmo que tentou falar com Erlon Musk em inglês de Odorico Paraguaçu para pedir ajuda contra a atual "ditadura" no Brasil. Chegamos realmente ao fundo do poço!

Nos mesmos dias em que esse espetáculo dantesco foi mostrado aos senadores para que muitos deles o gravassem em suas redes sociais, um senador e um deputado federal quase se agrediram durante uma sessão da CCJ do Senado, um chamando o outro de "traidor" porque ele não era tão bolsonarista quanto deveria ser. Esse episódio acabou se prolongando e replicando no Aeroporto de Vitória onde Marcos do Val e Gilvan da Federal, duas figuras execráveis continuaram a trocar insultos e empurrões para desespero de passageiros que aguardavam seus voos sem imaginar que seriam testemunhas de tamanho descalabro.

E não é tudo. Em um município do interior de Minas Gerais, Conselheiro Lafayette, o livro "O menino Marrom", de Ziraldo, foi retirado das escolas porque mães e pais ignorantes acharam que o linguajar da excelente obra de Ziraldo poderia interferir na criação de seus rebentos. Será que eles já leram "O menino maluquinho"? Caso tenham lido, essa obra também vai correr risco. Aliás, no Brasil até autores como Monteiro Lobato foram alvos de tentativas de censura por parte de reacionários que, na cauda de cometa de um fenômeno imbecilizatório conhecido como bolsonarismo, querem um Brasil à imagem deles.

Como sempre digo, resta lutar! A história nos é mostrada em ondas e o pior delas geralmente termina onde deve sempre ficar depois de algum tempo: no lixo dessa mesma história. Mas antes costuma fazer muito mal às pessoas, sobretudo àquelas que embarcam em seus ensinamentos de fundo de quintal, pregando o ódio. No Brasil de hoje, esse fenômeno despertou o que há de pior em cada um dos brasileiros que se julgam conservadores e, como consequência, vemos todos os dias amizades longas sendo encerradas, pessoas se agredindo e até mesmo famílias acabando separadas para nada. Apenas pela ignorância e desonestidade difundidas por todos os meios.

Ziraldo, coitado, morreu sem imaginar que sua obra colossal começaria a ser questionada pela burrice generalizada da nação. Irônico ele não ter vivido para ver isso! E também para não continuar vendo, como estamos nós, bandeiras da Idade Média serem desfraldadas pelo setor da sociedade que pretende impor a todos os demais suas crenças, seus princípios - ou a falta destes - e vontades. Esses são aqueles que lutam por "liberdade" em nome de um sociopata genocida e inelegível que jamais acreditou em nada disso, amante que foi, é e será sempre de torturadores, ditadores nazifascistas e da Ditadura Militar assassina que durante 21 anos infelicitou o Brasil, entre 1964 e 1985.

Eles vão perder mais uma vez!                       

Um comentário:

Anônimo disse...

Pois é meu amigo. Estamos vivendo a era dos inimagináveis, do grotesco: são Brasileiros pobres, ignorantes, carentes de educação e saúde sendo levados por espertalhões inescrupulosos.