2 de outubro de 2024

A herança petista

A última pesquisa Genial/Quaest sobre o governo federal trás péssimas notícias para o presidente Lula: houve mais uma queda na sua avaliação perante a opinião pública e agora a popularidade presidencial roça os 50 por cento, o que indica a possibilidade de essa aprovação ficar aquém da metade da população brasileira. Um dos gráficos produzidos está acima.

São muitas as explicações para esse resultado e todas elas tocam na incapacidade de o governo se mostrar com mais segurança para a população. Os empregos estão em alta, uma das agências de classificação de risco aumentou a nota do país, os projetos de apoio à população, sobretudo a mais carente dão resultados e com muito menos do que isso governos passados conseguiram avaliação melhor. Então o que está havendo? Creio que o primeiro fator é a herança que o PT carrega dos muitos escândalos passados nos quais se envolveu ou foi envolvido. Coisas como o Petrolão e outros "grudaram" no governo. A condenação e prisão de Lula também, e embora ele tenha tido suas condenações canceladas, o nome de "ladrão" no qual ele é identificado não se sustenta por fatos e mesmo assim cola como um adesivo politico instantâneo.

Há pontos negativos ligados à política internacional, principalmente quando se fala em Nicolás Maduro. Trata-se de um ditador, a última eleição presidencial venezuelana foi fraudada, mas o presidente Lula não aceita isso. Suas muitas viagens internacionais, a esmagadora maioria delas de caráter necessário ao Brasil, às vezes passam a ideia de gastanças. A primeira dama tem uma presença em deslocamentos internacionais que excede o razoável.

Mas mesmo com tudo isso, trata-se de um ótimo governo. Focado nas camadas mais baixas da pirâmide social brasileira e na luta por dar ao Brasil uma situação econômica capaz de recuperar o pais da penúria em que ele foi deixado pelo presidente anterior, autor de vários crimes contra a economia nacional no seu afã de conquistar um segundo mandato a qualquer custo.

O governo atual tem que se divulgar mais e melhor. Mostrar resultados concretos. Contrapor narrativas da oposição com fatos palpáveis. Uma boa parcela dos meios de comunicação brasileiros são conservadores ou reacionários, mas é com eles que o governo precisa lidar. Ontem, hoje e amanhã.        

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