25 de julho de 2013

Um Brasil muito mais digno

O ministério Dilma reunido. O fotógrafo não consegue colher todos eles 
Nós temos, no Espírito Santo, a Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho. Se há meios de englobar tudo com eficiência, essa é a estrutura ideal. Mas se Lula ou Dilma tivessem dado de cara com algo parecido em âmbito federal, tinham feito dela cinco ministérios. Fácil, fácil!
Uma foto da presidente com sua trupe de ministros, como a que tomo emprestada para esse texto, é difícil de caber num clique só. O fotógrafo precisa de um equipamento de última geração e de se distanciar muito para abrir o ângulo. Como se usasse uma grande angular.
Os brasileiros que estão indo às ruas pedir saúde, educação, geração de empregos, transporte, combate à corrupção e prestação de serviços de qualidade que justifiquem a boçal carga de impostos que os brasileiros enfrentam, precisam saber que muitos dos nossos dramas nascem nessa reunião. Nessa foto. Pois é com 39 ministérios, alguns totalmente despropositados, que se compra votos do Poder Legislativo.
Só para ilustrar: um deputado federal custa aos contribuintes R$ 4,6 mil por dia. EU DISSE CADA UM. Eles têm, além de salários mensais de R$ 26 mil, verba de gabinete de R$ 78 mil (para cabos eleitorais e apaniguados diversos. Podem contratar 25 pessoas cada um), cota parlamentar de R$ 31 mil e auxílio moradia de R$ 3.690,00. Muitos deles, donos de residências às vezes monumentais em Brasília, nem assim abrem mão do dinheiro desse "auxílio" tão "necessário".
Pensam que acabou? Não, não acabou. Eles têm assistência médica (no ano passado, custaram-nos R$ 1.476.539,39). Não usam o SUS, claro; usam o Sírio-Libanês. Têm cota de R$ 31.626,61 mensais (passagens, telefonia, serviços postais, escritórios, etc.) e o direito de tirar 15 mil cópias por mês na gráfica da Câmara ou do Senado, além de outros tipos de impressão. Nós pagamos toda a conta.
Queridos e queridas jovens ou não que estão indo às ruas para protestar contra impostos, passagens de ônibus, pedágios diversos e outros absurdos do Brasil: é aqui que você precisam atacar. A luta tem que ser contra a raiz de todos os nosso problemas e não em combate às suas consequências, seus efeitos nefastos. Façam como os médicos: em  vez de combater os sintomas, ataquem as doenças.
Se não fizermos nada, tudo fica como está. Lembrem-se do que um dia disse Ulisses Guimarães: NADA METE MAIS MEDO EM POLÍTICO DO QUE O POVO NAS RUAS. E o povo tem que lutar nas ruas, com passeatas, gritos, protestos diversos, cartazes, megafones, em frente aos prédios dos podres poderes constituídos (normalmente eles não chamados de palácios). Todos os dias e noites, sem parar. Só não vale bomba, coquetel molotov, pedras e outros meios violentos.Não somos bandidos, não. Lutamos contra os bandidos. Não coloquemos a população contra nós.
O ex-presidente Lula deu uma entrevista e na qual perguntou, cinicamente como sempre faz: "O que seria do Brasil se não fosse o PT?". Seria, indivíduo Lula, um Brasil muito mais digno!             

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