19 de abril de 2016

Duas opções para Temer

A presidente Dilma Rousseff que foi à televisão falar de seu impeachment na Câmara dos Deputados não diferenciava da que falou antes em nada. Ou talvez por um detalhe: vestia um sóbrio conjunto azul (foto), o que não é lá muito de seu feitio. No mais, demonstrou a mesma arrogância de sempre. Essa arrogância está sendo sua perdição e é incrível que ela não perceba isso.
Dilma Rousseff foi a pior chefe de Estado que o Brasil já teve. Durante os oito anos de Lula, viu a imensa quantidade de roubos que aconteciam e nada fez. Depois que assumiu a cadeira de seu sucesso no Planalto, continuou fazendo de conta que as falcatruas do governo não aconteciam. Só por isso, ao menos um crime ela cometeu ao longo desses anos todos: conivência. E sua assinatura em documentos da Petrobras, sobretudo na compra da usina de Pasadena, a leva a mais.
A presidente cometeu, sim, crime de responsabilidade. Isso está explícito na Lei. O Executivo não pode tomar empréstimo aos bancos públicos e, em ano de eleição, nem aos bancos privados. Dilma fez isso tudo sabendo que estava errando. Mas insistiu. Agora mesmo, em 2015, continua fazendo as mesmas coisas e suas contas do ano passado deverão ser travadas pelo Tribunal de Contas da União da mesma forma como aconteceu com as de 2014. É um crime continuado.
Sou capaz de apostar que a influência de Lula vem sendo e vai continuar a ser a desgraça da presidente. Ele fez dela o que é. E a gerentona jamais teria sido eleita nada caso não fosse pelo prestígio do ex-presidente, que deixou o poder com mais de 80 por cento de aprovação em 2010. Lula elegeu alguns postes. Dilma foi um deles. Só que ela continuou sendo o que já era na Casa Civil e em outros postos que ocupou: arrogante, grosseira, incompetente, sem capacidade para negociar.
Se cair, e tudo indica que isso vai ocorrer, terá caído por seus deméritos e mais nada.
E Temer, gente? O vice-presidente se sentará na cadeira da gerentona para entrar para a História ou para ser apenas mais um político do PMDB fiel ao fisiologismo de seu partido? Para ele só há essas duas opções. Mais nenhuma. E a goela do PMDB é imensa. Gigantesca. Basta ver algumas biografias, como as de Renan Calheiros e Eduardo Cunha para comprovarmos isso.
Torço, pois amo meu País, para que pela cabeça de Michel Temer esteja passando a vontade, a determinação de entrar para a história. De fazer a diferença domando o PMDB e exigindo dele que o deixe governar um País em frangalhos, caindo aos pedaços, quase falido.
Caso contrário, coitado do Brasil!  

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