Com o intervalo de menos de um dia, o filho Carlos, de Jair Bolsonaro e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Morais, deram declarações púbicas que os definem. O primeiro disse que os governadores de extrema direita política do Brasil são ratos. O segundo, que não pretende recuar um milímetro na sua missão de julgar os criminosos da tentativa de golpe de Estado de 08 de janeiro de 2023. Carlos conhece bem os esgotos onde vivem os ratos, de modo que é difícil questioná-lo. Moraes sabe qual tarefa tem pela frente e que não pode recuar de forma alguma. Para o Supremo isso é uma questão de respeito às fronteiras na honestidade e elas não cabem nos esgotos.
Estamos vivendo esses dias singulares como nunca vivemos outros antes. Pela primeira vez na história o nazifascista eleito presidente dos Estados Unidos tenta manipular um julgamento no Brasil para favorecer sua cópia carbono brasileira. Usa de tudo para conseguir o intento, inclusive os préstimos de inocentes (?) úteis domiciliados nos Estados Unidos e que tentam de todas as formas sabotar o Brasil, seu país de nascimento. Não fosse o governo dos EUA estar entregue à corja que hoje habita a Casa Branca, isso não seria possível. Mas infelizmente a realidade está aí agredindo a todos nós.
Não tenho dúvidas de que o julgamento dos criminosos de 08 de janeiro vai transcorrer como deve acontecer. Só não é possível ir além do que o ministro Alexandre de Moraes disse ao The Washington Post. Pode ser que a sanha criminosa do atual governo ianque invista ainda com mais força contra o Brasil. Que seja! Haja o que houver, aconteça o que acontecer, custe o que custar, a Justiça seguirá em frente. É vital para nós, extirparmos da vida nacional o vírus do golpe de Estado que nos assombra desde a implantação da República, surgida nos extertores do século XIX e com a deposição de um imperador.
No final de semana mesmo pude ler no site ES360 texto do competente jornalista Vitor Vogas e no qual ele avalia o quadro das eleições ao Senado pelo Espírito Santo. Aqui os candidatos favoritos são o governador Renato Casagrande (PSB) e o senador Fabiano Contarato (PT). Ambos são prováveis vencedores (foto de ambos, de A Gazeta). Isso é excelente. Embora uma filha do senador Magno Malta também surja como boa aposta, ela significaria o transbordamento do esgoto político capixaba. Apenas isso. Um outro personagem, o vereador Leonardo Monjardim, infelizmente da Academia Espírito-santense de Letras (AEL), aparece com pífias possibilidades de eleição. Ótimo, porque esse senhor, que já foi até personage do PT capixaba é um mero nadador político em busca de ancoradouro.
Nas eleições de 2026 não bastará que a política responsável vença no Espírito Santo. Será necessário isso acontecer na maioria dos Estados, pois no Sul e em Goiás existe o risco de a extrema direita obter cadeiras. Em São Paulo, hoje, é vital tirar de Brasília os representantes do governador Tarsício de Freitas, aquele que não vê R$ 1 bilhão sendo desviados da Secretaria Estadual de Fazenda em golpes seguidos contra o contribuinte.
A eleição para o Senado em 2026 é de suma importância porque o projeto da extrema direita política brasileira é alcançar a maioria absoluta naquela Casa para destruir a democracia, a começar pelo Supremo Tribunal Federal, que teria sua composição modificada e talvez ao menos o ministro Moraes cassado por cumprir seus deveres constitucionais. Para isso serviriam os candidatos capixabas como Maguinha Malta (PL), Leonardo Monjardim (Novo), Sérgio Meneguelli (PSD), Wellington Callegari (DC), Evair de Melo (PP), Carlos Manato (PL) e Marcos do Val, por outra sigla que não seja o Podemos. Ainda falta muito tempo até as eleiçoes, mas nossa democracia depende delas para sobreviver.
O julgamento dos criminosos de 2023 começa no dia 02 de setembro. Vamos ver ao vivo e a cores aquela súcia de golpistas sentados no banco dos réus proclamando inocência, o que só é possível nas democracias que eles repudiam tanto. Tomara a Justiça seja feita e o golpismo do Brasil acabe definiticamente derrotado, como deve ser. Teremos tempo para respirar e preparar terreno com vistas às eleições de 2026. E viveremos esse tempos com a esperança de iniciar um novo período de honradez política no Brasil, o que não haverá caso o nazifascismo moderno tome a Praça dos Três Poderes, em Brasília.
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