8 de março de 2016

A IURL e meu pecado mortal

A Polícia Federal no Instituto Lula. Coisa de fascistas segundo o PT 
- Presidente, não deixe os feridos pelo caminho!
Esse conselho foi dado ao presidente Lula e à presidente Dilma Rousseff pelo então líder do PT no Senado, Delcídio do Amaral. Ele sabia o que estava falando. Já começavam a espoucar denúncias contra os dois governos e várias pessoas a eles ligadas poderiam vir a ser presas. Lula e Dilma ouviram e nada fizeram. Delcídio é hoje o ferido deixado pelo caminho que pode derrubar o governo. O que ele sabe de Lula e Dilma, em sua totalidade, equivale ao poder de uma bomba atômica.
A Igreja Universal do Reino de Lula (IURL), essa seita que chamei de PT no parágrafo anterior, havia transformado o Brasil numa imensa negociata e da qual participavam os poderes Executivo e Legislativo com tanta sofreguidão que o butim poderia ser equiparado a uma bacanal com dinheiro público. Quase as empresas de vestuário tiveram que lançar a cueca porta-cédulas.
Aos dois poderes, no entanto, parecia que o Brasil continuaria sendo como antes: uma ilha da fantasia onde, em Brasília, viviam aqueles que jamais seriam atingidos diretamente por processos de roubo de dinheiro público, estelionato, formação de quadrilha e outros mais. A Penitenciária da Papuda estava lotada, sim, mas de batedores de carteira e ladrões de galinhas.
O que Delcídio queria dizer exatamente com "não deixar os feridos pelo caminho" quando recomendou isso aos dois ex-presidentes? Queria sugerir operações urgentes de salvamento tipo aquela que ele mesmo tentou montar para o caolho Nestor Cerveró? Ou então, calmamente, tinha dito que o melhor seria calar os que poderiam falar demais, como pode ter sido feito com o prefeito Celso Daniel? Afinal, o filho de Cerveró já se mudou para a Espanha.
Nós estamos vivendo tempos rudes. Tempos bicudos. E a Igreja Universal do Reino de Lula (IURL ou PT, como queiram) conta com o fato de que seus fieis ouvem apenas as versões do líder e não acreditam em mais nada. Tentem convencer um petista de que houve no Brasil o maior assalto de nossa história. Você será chamado de "golpista" e "fascista". Fui chamado desses dois nomes hoje mesmo por causa do comentário postado nesse blog há 48 horas. Logo eu, um velho militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e que emprestou seus melhores esforços na luta que travamos (quase) todos para derrubar a ditadura militar que amordaçou o Brasil por 21 anos.
Aos olhos  dos militantes da seita, meu único pecado, o de ter ódio de ladrões de dinheiro público e de traidores de suas causas, é pecado mortal. Quem sabe, literalmente.      

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