16 de dezembro de 2015

O governo do caos

A agência de investimentos Fitch rebaixou a nota do Brasil. Estamos no último degrau antes de deixar o grau de investimento para ingressar nos patamares especulativos. Isso significa que em breve perderemos muitos investimentos internacionais, sobretudo de ricos fundos. Já havíamos tido nossa nota rebaixada pela agência Standard & Poor's. Agora só falta a última delas, a Moody's.
Vende-se a ideia de que isso ocorre por
irresponsabilidade do Congresso. Unicamente. Não é verdade, embora o Congresso seja irresponsável, sim. Na verdade, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que fez um périplo pelo Legislativo logo depois desse rebaixamento sabe muito bem que nosso País só tem tido resultados pífios na economia por não reduzir o chamado "Custo Brasil".
Temos um Estado mastodôntico e um governo que aposta no caos. Prometeu reduzir os ministérios e seus custos e fez uma simples maquiagem. Prometeu demitir três mil dos 15 mil apaniguados mais próximos do poder e ocupantes de cargos comissionados e não mandou ninguém embora. Prometeu outras ações de redução de despesas e nada fez. O Brasil acumula déficits por não conseguir arrecadar o que gasta. Essa ciranda suicida foi inaugurada no governo de Lula e segue até hoje. Joaquim Levy a conhece não tem força para combatê-la. Ao contrário, insiste em tomar medidas de aumentos de impostos mesmo sabendo que já não suportamos mais isso. Ora, então vá para casa!
Desde que Lula assumiu o poder após as eleições de 2002, o tamanho do Estado inflou. Era preciso dar cargos a todos os companheiros e aos amigos da "base aliada". E haja cargos! Os que não havia foram criados. Salários cresceram fora de controle. E deu-se então a ciranda dos roubos. Chegou-se ao cúmulo de quebrar a Petrobras, o que era considerado impossível.
Não vou falar sobre os escândalos seguidos. Eles estão todos o dias nos jornais e TVs. Nos envergonham, fazem o Brasil virar motivo de chacota internacional e o resultado final é esse. Nossa maior crise financeira de todos os tempos é também reflexo da maior crise ética. Nunca antes na história desse País tanta gente desqualificada frequentou Brasília, viveu lá, deu ordens e roubou.
Nunca antes!
Dona de apenas nove por cento de aprovação, a presidente que aprovou a compra da refinaria de Pasadena, que fez vista grossa - no mínimo - à dilapidação da Petrobras e cometeu várias ilegalidades conhecidas como "pedaladas fiscais" para vencer as eleições do ano passado, não tem condições de prosseguir governando. Ela destruirá o Brasil antes de chegarmos a 2018.
Sim, fomos nós que a elegemos. Isso é correto. Mas a Constituição, Carta Magna desse Brasil assaltado, nos dá também o direito de tomar o poder das mãos dela. Façamos isso enquanto é tempo.

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