23 de dezembro de 2015

Dilma, a "ilibada"

Ouvi atônito o discurso da presidente Dilma Rousseff e no qual ela se proclama pessoa ilibada. O texto está na fofo/ilustração desse artigo. O que é uma pessoa de conduta ilibada? Trata-se de um ser "não tocado; sem manchas; puro; incorrupto". Tudo o que a chefe do Executivo não é.
A compra da Refinaria de Pasadena, que custou prejuízo monumental à Petrobras, foi concretizada com a assinatura dela. A "economia criativa" desenvolvida para levar pessoas, empresas e até mesmo governos a imaginarem que o Brasil atravessava época de bonança no ano passado durante a campanha eleitoral que a reelegeu, foi levada a cabo pelo ministro da Fazenda dela, Guido Mantega, com o intuito de enganar, de ludibriar, de vender a ideia de que estávamos em um País com contas em dia mas que, à época, já naufragava como um Titanic com piloto incompetente. Pessoas ilibadas não permitem disso.
Finalmente, e só para não nos estendermos demais, as "´pedaladas" fiscais representaram dinheiro tomado a instituições financeiras governamentais, sem condição de ser devolvido em seguida, e serviram para abastecer os programas sociais que, em 2014, salvaram o governo de uma derrota eleitoral. Mais uma vez por meio de enganações. Só que nesse caso ficou claramente configurado que a Presidente cometeu crime de responsabilidade. E pode-se ser alvo de impeachment por tais crimes. Isso está previsto na Constituição que, mão colocada acima, Dilma prometeu honrar e respeitar,
Fiquei atônito várias vezes e não apenas uma. Também ao ver um senador contrariar a negativa de aceitação das contas da presidente referentes a 2014 porque, segundo ele, a Lei de Responsabilidade Fiscal não permite que ninguém governe. Um senador prega o desrespeito às leis. Pasmem.
Fiz essa abertura só para chegar ao ponto que considero fulcral para esse meu último artigo do Blog do Álvaro em 2015: se Dilma e o atual governo continuarem, forem até 2018, tenho convicção pessoal - e milhares de outras pessoas também - de que o Brasil estará falido ao final da etapa,
A presidente não deseja reforma alguma. Seu atual ministro da Fazenda é um dos autores da "nova matriz econômica" que nos está levando à bancarrota. Segundo dezenas de análises de gente da maior respeitabilidade na área econômica, corremos o risco de ter toda uma década perdida, de 2011 a 2020 caso o Brasil não mude. Caso a farra com dinheiro público não cesse. A Operação Lava Jato, sozinha, não vai nos salvar. Para que o Brasil se reencontre com seu futuro, com todas as suas potencialidades, é preciso que os incompetentes que o governam saiam. E que a corrupção seja combatida sem trégua.
O impeachment não é apenas um instrumento legal que agora pode depor uma presidente. Ele é a salvação desse País que nós amamos e eles, ao que parece, não.            

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