1 de março de 2024

Os novos nazistas atacam


Enquanto as forças armadas de Israel atacam os palestinos na Faixa de Gaza e promovem o maior massacre de que se tem notícia em tempos recentes, uma quantidade grande de pessoas teme denunciar governo de Israel para não sofrer acusações de antissemitismo. Bobagem. Esse termo é uma palavra moderna que serve para designar o ódio aos judeus e à sua cultura milenar. Isso não está em questão. O que se denuncia hoje é o crime de limpeza étnica cometido pelo governo israelense de extrema direita comandado por Benjamin Netanyahu e mais todos os novos nazistas que ele conseguiu reunir em seu "gabinete de guerra".

Esse governo ressuscita o antigo pensamento judaico que autoriza a morte de gentios, ou seja, não judeus e com base em princípios contidos na Torá, o livro sagrado do judaísmo e que contrapõe o Antigo com o Novo Testamento. Essa é raiz de todos os ódios nascidos, ainda segundo os textos religiosos, com a morte de Jesus, considerado um falso profeta e desprezado pelos judeus que não o têm como filho de Deus. Não pretendo entrar mais fundo nesse tema.

Se o leitor olhar bem a foto que ilustra meu texto vai ver a figura de um soldado israelense deitado no berço de uma criança palestina e, debochando dela, abraçado a um seu bichinho de pelúcia. O bebê havia sido morto, assim como milhares de outros desde que Israel invadiu a Faixa de Gaza como resposta ao ataque do Hamas em início de outubro último. Não apenas recém nascidos são mortos, mas também mulheres, idosos e demais civis palestinos que nada têm a ver com as atividades bélicas do Hamas.

E por que os soldados israelenses fazem isso? Porque desde jovens, sobretudo quando ingressam no serviço militar obrigatório de seu país, eles aprendem que os palestinos são pessoas frias, cruéis, a serviço do mal, da destruição da Grande Israel. Portanto, são gentios que não merecem viver. E esse pensamento é também compartilhado por boa parte da população civil de Israel, sobretudo e principalmente a parcela que adota como sua ideologia oficial o extremismo de direita, discricionário e fomentador de ódios.

Foi a extrema direta alemã ocupada pelo nazismo quem gerou o episódio hoje chamado de holocausto e que matou seis milhões de pessoas. Para o nazismo os principais seres inferiores eram os judeus, mas não apenas estes. Também o eram comunistas, deficientes físicos, deficientes mentais, negros, ciganos, homossexuais e todos aqueles que não comungavam totalmente com os valores arianos. Transportado para os dias atuais, esse pensamento é rigorosamente idêntico ao do extremismo político de Israel que mata palestinos. A intenção é a de elimina-los da face da terra ou pelo menos da região onde só deve ficar a Grande Israel! Afinal, como os governantes atuais do Estado Judeu dizem, palestino não é povo e apenas se constitui em um grande bando de animais.

Por isso os novos nazistas atacam. Eles não são diferentes em nada dos velhos nazistas!          

Nenhum comentário: